Páginas

sexta-feira, 30 de dezembro de 2011

O Dever da criatura

“Você obtém benefícios do mundo e da comunidade, e, portanto, alguma atividade de sua parte é devida a eles. Este mundo, realmente falando, é uma grande fábrica; cada ser humano é um membro desta organização. Ao membro é atribuída uma tarefa de acordo com sua estrutura; ele deve encontrar sua realização em fazer esse trabalho e isso deve ser feito como uma oferenda a Deus. Não há nada no universo que não se envolva nessa grande tarefa. Plantas e insetos, pedra e toco, vento e chuva, calor e frio, se cada um destes não funciona de acordo com o plano, o mundo não pode subsistir. O sol e a lua conduzem suas tarefas rotineiras; o vento e o fogo devem exercer suas funções sem objeção. É somente quando cada um executa sua tarefa sem falhas, e com cuidado, que a roda se move rapidamente e sem problemas.”
Sathya Sai Baba
Pensamento para o Dia 30/12/2011 no SaiWeb Brasil

Seus valores, você e Deus

“Pela graça de Deus vocês compreendem que a meta da vida humana é realizar Deus. Se receberem elogios ou críticas, honras ou insultos, se encontrarem um lugar no mundo ou não, se ficarem de pé ou caírem – jamais se afastem um milímetro sequer de seus princípios ou de seus ideais. “
Eterno Companheiro, Vida e Ensinamentos de Swami Brahmananda
Pensamento do dia 30/12/2011 na livraria Omnisciência

quinta-feira, 15 de dezembro de 2011

A vida é realmente cura

Acabei de ler o artigo do Marco Aurélio Rocha chamado A vida é curta, http://marcoaureliorocha5.blogspot.com/2011/12/vida-e-curta.html, que foi publicado no site Espiritismo na rede.
Achei muito profunda a visão abordada e concordo plenamente com o fato de que devemos ter grande atenção quanto às nossas ações de rebeldia às leis e aos acordos sociais estabelecidos declarando a necessidade de aproveitar a vida e de quebrar regras para sermos felizes.


Acredito, entretanto, que se faz necessário observarmos que por vezes é necessário quebrarmos regras. Não me refiro às leis divinas, mas às que são construídas por nós, seres imperfeitos e que, muitas vezes legislamos em favor de pequenos grupos ou que privilegiam determinados seguimentos da sociedade deixando outros de lado.

Não vivemos em uma democracia de fato, e mesmo que assim fosse, nossas leis são imperfeitas e, frequentemente, necessitam de ajustes ou caracterizam entraves para o atendimento de determinadas necessidades. Que dizer das regras acordadas e que não possuem leis a embasá-las...

Nossa história está repleta de relatos em que o movimento de rebeldia e de não atendimento a leis "aceitas pela sociedade" garantiu o estabelecimento de novas leis mais amplas e justas para o momento vivido.
Seguindo por esta linha, sinto que o mais importante em relação ao posicionamento individual de cumprimento ou não das leis é o motivador que nos impulsiona.

Por que será que estamos tentados a quebrar leis? Sentimo-nos constrangidos, estamos sendo injustiçados? Desejamos causar o mal a alguém? Estamos sendo egoístas? Queremos o bem dos outros? Desejamos promover a paz ou a discórdia?

A doutrina espírita nos aponta que juntamente com as leis que norteiam nossas vidas, temos a possibilidade do livre arbítrio, que nos garante a oportunidade de vivermos segundo nossos valores e assumindo as consequências de cada ato para que possamos ampliar o entendimento a cerca de nós mesmos e, desta forma, nos tornarmos espíritos mais felizes por percebermos e assumirmos o dever moral.

Temos, desta forma, a possibilidade de transgredirmos as leis. Imagine se ainda vivêssemos executando a lei judaica de declara a possibilidade de lapidarmos as mulheres adúlteras? Ou se ainda tivéssemos a possibilidade de executarmos bruchas e feiticeiros queimando-os em praça pública por não proclamarem-se católicos? Onde nossa sociedade estaria se ainda respeitássemos o direito divino dos reis e a hierarquia feudal dos nobres?

Olhando por um ângulo diferente, eu diria que a vida é curta. Nossas encarnações são momentos para vivenciarmos de forma intensa as nossas relações com nós mesmos e com aqueles que estão à nossa volta. Precisamos colocar à prova a todo momento a nossa capacidade de discernir e fazer escolhas para que possamos garantir a felicidade enquanto espíritos imortais que somos.

Cada segundo disperdiçado sem mudanças de nossos valores imperfeitos pode significar muita dor e sofrimento, uma vez que não fazer o bem também é uma forma de fazer o mal.
Se achamos que uma regra ou lei não atende aos nossos valores, defendo que temos o dever de nos posicionarmos e, se julgarmos necessário, de quebrá-la.

O Cristo trabalhou aos sábados, acolheu publicanos, mulheres da vida e leprosos, mas também defendeu a necessidade de "dar a César o que é de César"