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quinta-feira, 30 de dezembro de 2010

Diferenças entre Religião e Espiritualidade

A religião não é apenas uma, são centenas.
A espiritualidade é apenas uma.
A religião é para os que dormem.
A espiritualidade é para os que estão despertos.

A religião é para aqueles que necessitam que alguém lhes diga o que fazer, querem ser guiados.
A espiritualidade é para os que prestam atenção à sua Voz Interior.
A religião tem um conjunto de regras dogmáticas.
A espiritualidade te convida a raciocinar sobre tudo, a questionar tudo.

A religião ameaça e amedronta.
A espiritualidade lhe dá Paz Interior.
A religião fala de pecado e de culpa.
A espiritualidade lhe diz: “aprende com o erro”.

A religião reprime tudo, te faz falso.
A espiritualidade transcende tudo, te faz verdadeiro!
A religião não é Deus.
A espiritualidade é Tudo e portanto é Deus.

A religião inventa.
A espiritualidade descobre.
A religião não indaga nem questiona.
A espiritualidade questiona tudo.

A religião é humana, é uma organização com regras.
A espiritualidade é Divina, sem regras.
A religião é causa de divisões.
A espiritualidade é causa de União.

A religião lhe busca para que acredite.
A espiritualidade você tem que buscá-la.
A religião segue os preceitos de um livro sagrado.
A espiritualidade busca o sagrado em todos os livros.

A religião se alimenta do medo.
A espiritualidade se alimenta na Confiança e na Fé.
A religião faz viver no pensamento.
A espiritualidade faz Viver na Consciência.

A religião se ocupa com fazer.
A espiritualidade se ocupa com Ser.
A religião alimenta o ego.
A espiritualidade nos faz Transcender.

A religião nos faz renunciar ao mundo.
A espiritualidade nos faz viver em Deus, não renunciar a Ele.
A religião é adoração.
A espiritualidade é Meditação.

A religião sonha com a glória e com o paraíso.
A espiritualidade nos faz viver a glória e o paraíso aqui e agora.
A religião vive no passado e no futuro.
A espiritualidade vive no presente.

A religião enclausura nossa memória.
A espiritualidade liberta nossa Consciência.
A religião crê na vida eterna.
A espiritualidade nos faz consciente da vida eterna.

A religião promete para depois da morte.
A espiritualidade é encontrar Deus em Nosso Interior durante a vida.

sexta-feira, 1 de outubro de 2010

Um caso de Chico e Bezerra

Recebi este relato cuja naração é atribuída a Divaldo Franco. Compartilho o relato com todos.

O mais bonito, não eram apenas as visitas que o Chico fazia com os grupos, mas aquelas anônimas que ele realizava pela madrugada, quando saía sozinho para levar seu conforto moral à famílias doentes, a pessoas moribundas, às vezes acompanhado por um amigo para assessorá-lo, ajudá-lo, pois já portava alguns problemas de saúde, mas sem que ninguém o soubesse.

Ali estava a maior antena paranormal da humanidade dos últimos séculos, apagando este potencial para chorar com uma família que tinha fome.

Ele contou-me que tinha o hábito, em Pedro Leopoldo, de visitar pessoas que ficavam embaixo de uma velha ponte numa estrada abandonada, e que ruíra.

Iam ele, sua irmã Luiza e mais duas ou três pessoas muito pobres de sua comunidade.

À medida que eles aumentavam a freqüência de visitas, os necessitados foram se avolumando, e mal conseguiam víveres para o grupo, pois que os seus salários eram insuficientes, e todos eram pessoas de escassos recursos.

O esposo de Luíza, que era fiscal da prefeitura, recolhia, quando nas feiras-livres havia excedente, legumes e outros alimentos, e que eram doados para distribuir anonimamente, nos sábados, à noite, aos necessitados da ponte.

Houve, porém, um dia em que ele, Luíza e suas auxiliares não tinham absolutamente nada; decidiu-se então, não irem, pois aquela gente estava com fome e nada teriam para oferecer. Eles também estavam vivendo com extremas dificuldades.

Foi quando apareceu-lhe o espírito do Dr. Bezerra de Menezes, que sugeriu colocassem alguns jarros com água, que ele iria magnetizá-los para serem distribuídas, havendo, ao menos, alguma coisa para dar. Ele assim o fez, e o Espírito benfeitor, utilizando-se do seu ectoplasma bem como o das demais pessoas presentes, fluidificou o líquido.

Esse adquiriu um suave perfume, e então o Chico tomou as moringas e, com suas amigas, após a reunião convencional do sábado, dirigiram-se à ponte. Quando lá chegaram encontraram umas 200 pessoas, entre crianças, adultos, enfermos em geral, pessoas com graves problemas espirituais, necessitados.

'Lá vem o Chico, dona Luíza' - gritaram e ele, constrangido e angustiado, por ter levado apenas água (o povo nem sabia o que seria água magnetizada, fluidificada) , pretendeu explicar a ocorrência. Levantou-se e falou:

- 'Meus irmãos, hoje nós não temos nada' - e narrou a dificuldade. As pessoas ficaram logo ofendidas, tomando atitudes de desrespeito, e ele começou a chorar. Neste momento, uma das assistidas levantou-se e disse:

' - Alto lá! Este homem e estas mulheres vêm sempre aqui nos ajudar, e hoje, que eles não têm nada para nos dar, cabe-nos dar-lhes alguma coisa. Vamos dar-lhes a nossa alegria, vamos cantar, vamos agradecer a Deus.'

Enquanto ela estava dizendo isso, apareceu um caminhão carregado, e alguém, lá de dentro, interrogou:

- 'quem é Chico Xavier?'

Quando ele atendeu, o motorista perguntou se ele se lembrava de um certo Dr. Fulano de Tal? Chico recordava-se de um certo senhor de grandes posses materiais que vivia em São Paulo, que um ano antes estivera em Pedro Leopoldo, e lhe contara o drama de que era objeto.

Seu filho querido desencarnara, ele e a esposa estavam desesperados - ainda não havia o denominado Correio de Luz, eram comunicações mais esporádicas - e Chico compadeceu-se muito da angústia do casal.

Durante a reunião, o filhinho veio trazido pelo Dr. Bezerra de Menezes e escreveu uma consoladora mensagem. Então o cavalheiro disse-lhe:

'- Um dia, Chico, eu hei de retribuir-lhe de alguma forma. Mas como é que meu filho deu esta comunicação?'

Chico explicou-lhe:

' - É natural esse fenômeno, graças ao venerando Espírito Dr. Bezerra de Menezes, que trouxe o jovem desencarnado para este fim', e deu-lhe uma idéia muito rápida do que eram as comunicações mediúnicas.

O casal ficou muito grato ao Dr. Bezerra de Menezes, e repetiu que um dia haveria de retribuir a graça recebida.

Foi quando o motorista lhe narrou:

- 'Estou trazendo este caminhão de alimentos mandado pelo Sr. Fulano de Tal, que me deu o endereço do Centro onde deveria entregar a carga, mas tive um problema na estrada, e atrasei-me; quando cheguei, estava tudo fechado. Olhei para os lados e apareceu-me um senhor de idade com barbas brancas, e perguntou o que eu desejava.

' - Estou procurando o Sr. Chico Xavier' - respondi.

' - Pois olhe: dobre ali, vá até uma ponte caída, e diga que fui eu quem o orientou' - respondeu-me.

' - E qual o seu nome?' - indaguei, e ele respondeu ' - Bezerra de Menezes'.

sexta-feira, 6 de agosto de 2010

Pedagogia do amor

“Amar a Deus sobre todas as coisas e ao próximo como a si mesmo”
Jesus

Esta citação histórica, que não foi inventada por nosso irmão maior, uma vez que já constava na literatura judaica, apresenta-nos o resumo de toda a lei de Deus e constitui-se, acredito eu, no maior desfio para nossa vida.

Ainda outro dia estava me perguntando. Será que consigo amar ao próximo como a mim mesmo? Será que realmente me amo?

Matutando sobre isso cheguei ao texto do blog Educador de Almas entitulado O desafio da Pedagogia do Amor em que autor relata uma experiência vivida durante um trabalho de atendimento à pessoas em situação de rua e fui levado, mais uma vez a pensar sobre a questão do amor.

Talvez nossa grande dificuldade, até mesmo em estabelecer a relação de equivalência entre as frases “Amar a Deus sobre todas as coisas” e “amar ao próximo como a si mesmo” resida na dificuldade de nos percebermos como espíritos imortais, criados por Deus e, portanto, irmãos nesta grande obra que é a vida.

Começo a acreditar que no dia em que conseguirmos ampliar a nossa visão a cerca de nós mesmos a tal ponto de não nos percebermos mais como individualidades isoladas, mas como indivíduos inteligentes e imateriais criados por uma potência amorosa e partícipes de uma grande malha energética chamada criação de Deus seremos capazes de vivenciar plenamente a mensagem enfatizada por Jesus e seremos finalmente completos.

Apoiaremo-nos uns aos outros, apesar das diferenças e sentiremos prazer em acolher. Não mais repeliremos o outro que se apresenta de peito aberto manifestando através de suas ações as suas dificuldades e dores.

Vejo que temos muito trabalho a ser feito, principalmente na construção do entendimento a cerca de nós mesmos. É preciso ampliar nossos horizontes.

Talvez o nosso desafio seja aprender a nos amarmos como filhos de Deus para sermos capazes de amarmos ao próximo como a nós mesmos e, consequentemente, a Deus

Convenção Mundial no Umbral!

Recebi este email de um amigo e desconheço a autoria, mas achei interessante a abordagem.

Não defendo que devamos deixar tudo de lado, mas questiono se realmente não estamos dando pouca atenção para os valores que realmente imortam

A Reunião das Trevas

O Chefe dos Espíritos das Trevas convocou uma Convenção Mundial de obsessores.

Em seu discurso de abertura, ele disse:

"Não podemos impedir os cristãos de irem aos seus templos."

"Não podemos impedi-los de ler os livros e conhecerem a verdade."

"Nem mesmo podemos impedi-los de formar um relacionamento íntimo com os Espíritos Elevados e Jesus.

"E, uma vez que eles ganham essa conexão com os Espíritos Elevados e Jesus, o nosso poder sobre eles está quebrado."

"Então vamos deixá-los ir para seus Centros Espíritas e suas igrejas, vamos deixá-los com os almoços e jantares que neles organizam, MAS, vamos roubar-lhes o TEMPO que têm, de maneira que não sobre tempo algum para desenvolver um relacionamento elevado". "O que quero que vocês façam é o seguinte"- disse o obsessor-chefe:

"Distraia-os a ponto de que não consigam aproximar-se de Jesus e dos espíritos superiores."

"- Como vamos fazer isto? Gritaram os seus asseclas.

Respondeu-lhes:

"Mantenham-nos ocupados nas coisas não essenciais da vida, e inventem inumeráveis assuntos e situações que ocupem as suas mentes."

"Tentem-nos a gastarem, gastarem, gastarem, e tomar emprestado, tomar emprestado..."

"Persuadam as suas esposas a irem trabalhar durante longas horas, e os maridos a trabalharem de 6 à 7 dias por semana, durante 10 à 12 horas por dia, a fim de que eles tenham capacidade financeira para manter os seus estilos de vida fúteis e vazios."

"Criem situações que os impeçam de passar algum tempo com os filhos."

"À medida que suas famílias forem se fragmentando, muito em breve seus lares já não mais oferecerão um lugar de paz para se refugiarem das pressões do trabalho".

"Estimulem suas mentes com tanta intensidade, que eles não possam mais escutar aquela voz suave e tranquila que orienta seus espíritos".

"Encham as mesinhas de centro de todos os lugares com revistas e jornais".

"Bombardeiem as suas mentes com noticias, 24 horas por dia".

"Invadam os momentos em que estão dirigindo, fazendo-os prestar atenção a cartazes chamativos".

"Inundem as caixas de correio deles com papéis totalmente inúteis, catálogos de lojas que oferecem vendas pelo correio, loterias, bolos de apostas, ofertas de produtos gratuitos, serviços, e falsas esperanças".

"Mantenham lindas e delgadas modelos nas revistas e na TV, para que os maridos acreditem que a beleza externa é o que é importante, e eles se tornarão mal satisfeitos com suas próprias esposas"...

"Mantenham as esposas demasiadamente cansadas para amarem seus maridos. Se elas não dão a seus maridos o amor que eles necessitam, eles então começarão a procurá-lo em outro lugar e isto, sem dúvida, fragmentará as suas famílias mais rapidamente."

"Dê-lhes Papai Noel, para que esqueçam da necessidade de ensinarem aos seus filhos, o significado real do Natal."

"Dê-lhes o Coelho da Páscoa, para que eles não falem sobre a ressurreição de Jesus, e a Sua mensagem sobre o pecado e a morte."

"Até mesmo quando estiverem se divertindo, se distraindo, que seja tudo feito com excessos, para que ao voltarem dali estejam exaustos!".

"Mantenha-os de tal modo ocupados que nem pensem em andar ou ficar na natureza, para refletirem na criação de Deus. Ao invés disso, mande-os para Parques de Diversão, acontecimentos esportivos, peças de teatro banais, apresentações artísticas mundanas e à TV entorpecedora. Mantenha-os ocupados, ocupados."

"E, quando se reunirem para um encontro, ou uma reunião espiritual, envolva-os em mexericos e conversas sem importância, principalmente fofocas, para que, ao saírem, o façam com as consciências comprometidas".

"Encham as vidas de todos eles com tantas causas supostamente importantes a serem defendidas que não tenham nenhum tempo para buscarem a espiritualidade e Jesus".

"Muito em breve, eles estarão buscando, em suas próprias forças, as soluções para seus problemas e causas que defendem, sacrificando sua saúde e suas famílias pelo bem da causa."

"Isto vai funcionar!! Vai funcionar !!"

Os espíritos trevosos ansiosamente partiram para cumprirem as determinações do chefe, fazendo com que os cristãos, em todo o mundo, ficassem mais ocupados e mais apressados, indo daqui para ali e vice-versa, tendo pouco tempo para Deus e para suas famílias. Não tendo nenhum tempo para contar a outros sobre a sublimidade e o poder do Evangelho de Jesus para transformar suas vidas.

terça-feira, 20 de julho de 2010

A responsabilidade do consumo à luz da doutrina espírita

Vivemos em sociedade com o propósito maior de aprendermos as leis da vida, esta é a lição que os bons espíritos superiores têm nos deixado como legado nas diversas oportunidade de contato que tivemos ao longo destas centenas de anos que nos separam do homem das cavernas.

Hoje, como desde o princípio de nossa sociedade, continuamos tentando significar nossas existências enquanto caminhamos cheios de incerteza pelos caminhos que a vida nos oferece. Nas últimas décadas temos descoberto facetas até então desconhecidas da dimensão espiritual da vida que estão nos ajudando a rever diversas idéias, conceitos e definições. Vários sistemas de pensamento, tidos como “chaves para a felicidade” caíram por terra, novos sistemas nasceram em um ciclo constante de observação, pesquisa, criatividade, experimentação e conclusões; mas uma certeza começa a prevalecer em todos os ciclos. A certeza de que a lei natural, mesmo que entendida parcialmente, é o caminho que nos leva à felicidade que tanto almejamos.

Hoje já somos capazes de perceber por estudos comparativos dos sistemas de pensamento propostos pela humanidade que todas as abordagens, por mais diversas que sejam, são abordagens válidas para a sistematização do funcionamento do universo que representa a vontade de uma potência inteligente infinitamente superior a nós.

Cada sistema de pensamento, circunscrito a uma determinada região em uma dada época da humanidade serviu para estabelecer pontos comuns de pensamento em que toda a humanidade pode ancorar-se para se lançar a novas pesquisas e, conseqüente, à ampliação da percepção do universo.

Alguns sistemas, pela ampliação do conhecimento disponível ou pelas conseqüências geradas por sua aplicação, mostram-se incapazes de nos levar à felicidade e estas constatações têm nos ajudado a afirmar a certeza da destinação proposta pela potência criadora, assim como sua infinita bondade e amor.

Descobrimos a cada momento que, como humanos, estamos destinados à adoção de um comportamento moral construído coletivamente que faça prevalecer valores éticos no contato com a natureza da qual fazemos parte. Cada vez mais falamos em amor, em atenção ao contato com os outros e com a natureza. Participação, justiça, direito, sustentabilidade, equilíbrio, ecologia e respeito são palavras cada vez mais freqüentes em nossos discursos.

614 - O que se deve entender por lei natural?

- A lei natural é a lei de Deus. É a única verdadeira para a felicidade do homem; ela lhe indica o que devemos ou não fazer, e ele é infeliz somente quando se afasta dela.

617 - Que objetivos abrangem as leis divinas? Elas se referem a outra coisa além da conduta moral?

- Todas as leis da natureza são divinas, uma vez que Deus é o criador de todas as coisas. O sábio estuda as leis da matéria, o homem de bem estuda as da alma e as pratica.

Uma vez tendo percebido a necessidade de expandirmos nossa capacidade de entendimento do Universo na direção de um entendimento espiritualizado em que as questões materiais assumem caráter de ferramenta de trabalho para a construção de um estado de plenitude em que a moralização deve ser o verdadeiro foco de atenção de nossas potências inteligentes, resta-nos então Nos perguntarmos a cerca das referências que temos para tal construção.

Ao largo de todo o caminho temos contado com a presença de companheiros mais desenvolvidos que nós que assumem o papel de trazer pistas a cerca da vida espiritual e dos dos valores que devem ser cultivados com maior afinco pela humanidade.

Estas pistas têm chegado através dos tempos sob as mais variadas formas e visam manter uma corrente constante de pensamento na qual podemos matar nossa cede e despertar pouco a pouco para a nossa verdadeira realidade, a espiritual. Jesus talvez seja para o ocidente a referência magna da existência desta fonte. Suas pistas tem nos encantado há séculos, mas contamos com outros companheiros de jornada que atuam em grupo com o objetivo de garantir que sejamos capazes de expandir nossos horizontes de percepção.

618 - Qual é o tipo mais perfeito que Deus ofereceu ao homem para lhe servir de guia e modelo?

- Jesus

627 - Uma vez que Jesus ensinou as verdadeiras leis de Deus, qual é a utilidade do ensinamento dado pelos espíritos? Terão a nos ensinar alguma coisa a mais?

- A palavra de Jesus era, muitas vezes, alegórica e em parábolas, porque falava de acordo com os tempos e os lugares. É preciso agora que a verdade seja inteligível para todo mundo. É preciso também explicar e desenvolver essas leis, uma vez que há tão poucas pessoas que as compreendem e ainda menos as que as praticam. Nossa missão é a de abrir os olhos e os ouvidos para confundir os orgulhosos e desmascarar os hipócritas: aqueles que tomam as aparências da virtude e da religião para ocultarem as suas baixezas. O ensinamento dos espíritos deve ser claro e inequívoco, a fim de que ninguém possa alegar ignorância e cada um possa julgá-lo e apreciá-lo com a razão. Estamos encarregados de preparar o reino do bem anunciado por Jesus; por isso, não é correto que cada um possa interpretar a lei de Deus ao capricho de suas paixões nem falsear o sentido de uma lei de amor e de caridade.

Fácil, entretanto, é questionarmos a coerência de nossos mestres ou mesmo a nossa destinação à felicidade, uma vez que, passados tantos séculos, pouco parece ter mudado em nossas sociedades que apresentam-se, em determinados momentos históricos , quase tão bárbaras quanto as de nossos ancestrais que possuíam pouco conhecimento intelectual.

Atualmente, face à enormidade de apelos ao abandono dos aspectos espirituais em favor do desenvolvimento de uma sociedade globalizada e tecnologicamente superior ao inimaginável, somos, por vezes, convencidos de que todo o discurso trazido por nossos companheiros do além a cerca existência de uma linha de progressão da sociedade em que os valores éticos / espirituais prevalecerão sobre os materiais trata-se de um grande equívoco.

Observamos, entretanto, que, mesmo nas sociedades ditas mais civilizadas, há um número crescente de companheiros que sofrem, insatisfeitos pela falta de perspectivas, tomados por catástrofes familiares ou simplesmente desmotivados por uma dor oculta que lhe atinge de forma cada vez mais aguda conforme adquire capacidade cada vez maior de controle do ambiente à sua volta.

Pelo sofrimento gerado por nós mesmos começamos então a perceber a necessidade urgente de buscarmos outros valores e, pouco a pouco, somos despertados para uma enormidade de possibilidades que nos convidam a trabalharmos mais intensamente pela construção de relações mais duradoras e menos materializadas com aqueles com quem convivemos e com o ambiente à nossa volta.

Todo o nosso desenvolvimento intelectual acaba funcionando como alavanca para despertar nossas consciências para a realidade espiritual que, ao contrário da material, desperta, anima e estimula à felicidade e plenitude através da vida em comunidade estabelecida por relações de fraternidade e amor ao próximo.

Começamos então a significar de forma diferente as nossas necessidades e prioridades. Acabamos percebendo então que necessitamos de muito menos do que temos materialmente e que, o que conseguimos realizar é o suficiente para a nossa felicidade, desde que estejamos abertos para a concretização de campos de estudo/experimentação e aprendizado.

674 – A necessidade do trabalho é uma lei da natureza?

- O trabalho é uma lei natural, por isso mesmo é uma necessidade, e a civilização obriga o homem a trabalhar mais, porque aumenta suas necessidades e prazeres.

679 – O homem que possui bens suficientes para assegurar sua existência está livre da lei do trabalho?

- Do trabalho material, pode ser , mas não da obrigação de se tornar útil conforme seus meios, de aperfeiçoar sua inteligência ou a dos outros, o que é também um trabalho. Se o homem a quem Deus distribuiu bens suficientes não está obrigado a se sustentar com o suor do seu rosto, a obrigação de ser útil a seus semelhantes é tanto maior quanto as oportunidades que surjam para fazer o bem, com o adiantamento que Deus lhe fez em bens materiais.

Aos poucos nós, que nos julgamos o topo da cadeia hierárquica da vida, começamos a perceber o fluxo da lei natural, que nos honra com a divina responsabilidade de conduzirmos a ampliação da vida através da aplicação de nossas recém descobertas capacidades intelecto-morais.

A vida pulsa em nossas mãos clamando por comandos ordenadores que lhe facultem a expressão moralizada, mas nós, ainda seres no campo da experimentação, nem sempre somos capazes de conduzir estas expressões de formas muito eficientes, fato que nos custa dores, sofrimentos e, principalmente, aprendizados valiosos.

A cada passo em nossa jornada despertamos para o fato de que não somos o topo da cadeia hierárquica da vida, mas apenas mais uma engrenagem de um grandioso mecanismo que segue seu fluxo rumo à plenitude e que, mesmo atingido por nossas oposições, continua a burilar as inteligências que o compõe.

693 – As leis e costumes humanos que criam obstáculos à reprodução são contrários à lei natural?

-Tudo o que dificulte a marcha da natureza é contrário à lei geral

693 a – Entretanto, há espécies de seres vivos, animais e plantas cuja reprodução dendefinida seria prejudicial a outras espécies e o próprio homem se tornaria uma vítma; comete ele um ato repreensível ao impedir essa reprodução?

-Deus deu ao homem, sobre todos os outros seres, um poder que deve usar para o bem, mas do qual não deve abusar. Pode-se regular a reprodução conforme as necessidades, mas do qual não deve dificultá-la sem razão. A ação inteligente do homem é um contrapeso estabelecido por Deus para equilibrar as forças da natureza, e é isso ainda que o distinque dos animais, porque o faz com conhecimento de causa. Mas os próprios animais também concorrem para esse equilíbrio, porque o instinto de destruição que lhes foi dado faz com que, ao terem de prover sua própria conservação, detenham o desenvolvimento excessivo e talvez perigoso das espécies animais e vegetais de que se nutrem.

Contamos então com todos os recursos do ambiente à nossa volta para realizarmos o desenvolvimento de nossas consciências primitivas a cerca das realidades espiritual e divina. Nesta troca sinérgica com o universo percebemos cedo ou tarde que não podemos fazer tudo o que desejamos. Somos levados pela abundância e pela falta de recursos a percebermos as diversas variáveis que compões esta complexa equação que é a vida. Lentamente descobrimos o que é esperado de nós, o comportamento ético ante a vida que clama por atenção consciente de nossa parte.

704 – Deus, dando ao homem a necessidade de viver, sempre lhe forneceu os meios para isso?

- Sim. Se não os encontra, é por falta de iniciativa. Deus não poderia dar ao homem a necessidade de viver sem lhe dar os meio, por isso faz a terra produzir e fornecer o necessário a todos, porque só o necessário é útil. O supérfluo nunca é.

705 – Por que nem sempre a terra produz o suficiente para fornecer o necessário ao homem?

- O homem a negligencia por ingratidão e, no entanto, a terra continua sendo uma excelente mãe. Além disso, ele ainda acusa a natureza por sua própria imperícia ou imprevidência. A terra produziria sempre o necessário se o homem soubesse se contentar. Se o que produz não é bastante para todas as necessidades, é porque emprega no supérfluo o que deveria utilizar no necessário. Observai o árabe no deserto; encontra sempre com o que viver, porque não cria necessidades artificiais. Porém, quando a metade da produção é desperdiçada para satisfazer fantasias, deve o homem se espantar de não encontrar nada em seguida? E terá razão de se queixar por estar desprovido quando chega a época da escassez? Na verdade, não é a natureza que é imprevidente, é o homem que não sabe regrar sua vida.

707 – Os meios de subsistência, muitas vezes, faltam a alguns, mesmo em meio à abundância que os cerca; por quê?

- É pelo egoísmo dos homens em geral e também, frequentemente, por negligência deles mesmos. Buscai e achareis; essas palavras não querem dizer que basta olhar a terra para encontrar o que se deseja, mas que é preciso procurar com ardor e perseverança e não com fraqueza, sem se deixar desencorajar pelos obstáculos que, muitas vezes, são apenas meios de colocar à prova a vossa constância e firmeza.

715 – Como o homem pode conhecer o limite do necessário?

- Aquele que é sensato o conhece pela intuição; muitos o conhecem pela experiência e à própria custa.

Convido-o a dar uma parada aqui para assistir a um vídeo que vai mudar sua forma de perceber o mundo atual. A HISTÒRIA DAS COISAS

Hoje, passados quase 20 séculos da presença materializada do Cristo entre nós, vivemos um grave momento na conturbada vida planetária. Estamos em crise e talvez estes sejam as últimas décadas de um modelo de vida que tem se mostrado insustentável pelas devastadoras conseqüências que vem trazendo para toda a sociedade e para o planeta.

Aparentemente estamos chegando ao limite do distanciamento possível entre o saber e o sentir, entre a percepção da vida espiritual e o comportamento moral. Milhares de companheiros encarnados sofrem pela escassez de recursos básicos, civilizações inteiras carentes da idéia de Deus, sofrem pela ausência de valores humanos, rios, mares e oceanos expulsam de si a possibilidade da vida em virtude da enorme quantidade de poluentes, espécies animais e vegetais estão sendo extintas sem nem mesmo terem sido descobertas pela humanidade.

Tudo em favor do desenvolvimento da tão sonhada sociedade tecnocrata em que se vive pelo prazer de fruir as benesses materiais, como se esse modelo pudesse ser mantido pela eternidade, a despeito dos enormes exércitos de esquecidos e sofredores.

Aproximamo-nos de um ponto de transformação substancial para o que entendemos como humanidade. Dia chegará em que não serão mais necessárias transformações radicais do ambiente à nossa volta, mas, por hora, carecemos destas situações radicais de mudança em que vemos nossos sistemas ruírem juntamente com nossas construções e facilidades. É necessário percebermos outros valores, os valores realmente dirigem nossos destinos

716 – A destruição é uma lei natural?

- É preciso que tudo se destrua para renascer e se regenerar. O que chamais destruição é apenas transformação que tem por objetivo a renovação e o melhoramento dos seres vivos

732 – A necessidade de destruição é a mesma em todos os mundos?

- É proporcional ao estado mais ou menos material dos mundos e cessa quando os estados físico e moral estão mais depurados. Nos mundos mais avançados as condições de existência são completamente diferentes

Aos poucos nos damos conta de que a única forma possível de viver plenamente é através do das relações que estabelecemos, aí reside a ciência da vida! Fluxos constantes e cada vez maiores de energia circulando pelo universo fazendo florescer a vida em suas facetas mais belas, complexas e desconhecidas.

Fluxos de energia transformadora que manifestam a vontade do criador. Atos de amor, construídos a partir da síntese criador / criatura, tendo esta sido forjada no cadinho do tempo e do espaço através de diversas ações de aprendizado continuado que respeitam o arbítrio e a individualidade, mas que não admitem a estagnação.

766 – A vida em sociedade é uma obrigação natural?

- Certamente, Deus fez o homem para viver em sociedade. Deus deu-lhe a palavra e todas as demais faculdades necessárias ao relacionamento.

768 – O homem, ao procurar viver em sociedade, apenas obedece a um sentimento pessoal, ou há um objetivo providencial geral?

- O homem deve progredir, mas não pode fazer isso sozinho porque não dispõe de todas as faculdades; eis por que precisa se relacionar com outros homens. No isolamento, se embrutece e se enfraquece.

773 – Por que entre os animais, pais e filhos deixam de se reconhecer assim que os filhos não necessitam mais de cuidados?

- Os animais vivem vida material e não moral. A ternura da mãe com seus filhotes tem origem no instinto de conservação de suas crias; quando eles podem cuidar de si mesmos, sua tarefa está cumprida, a natureza não exige deles mais nada; por isso os abandona, para se ocupar com os outros recém-nascidos.

774 – Há pessoas que deduzem, do abandono dos pequenos animais por seus pais, que entre os homens os laços de família são apenas resultado dos costumes sociais e não de uma lei natural; que devemos pensar disso?

- O homem tem destinação diferente dos animais; por que, então, querer se parecer com eles? Para o homem, há outra coisa além das necessidades físicas; a necessidade do progresso. Os laços sociais são necessários ao progresso e os de família estreitam os sociais; eis por que fazem parte da lei natural. Deus quis que os homens aprendessem a se amar como irmãos

Que possamos, conscientes de nossas destinações, esforçarmo-nos cada vez mais pela construção de nós mesmos. Que nosso esforço esteja cada vez mais concentrado na descoberta de nossa realidade espiritual e do papel esperado por nós na vida.

Que possamos trabalhar intensamente pela espiritualização e não pela materialização da vida. Que cada uma de nossas ações possa ser embasada nos reais valores e que nossa vida material sirva como alavanca e não como entrave à nossa libertação das amarras que nos impedem de sermos realmente felizes.

Usemos a matéria como ferramenta de expressão dos propósitos superiores da vida!

Estejamos atentos à enormidade de recursos que possuímos em nossas mãos e para a grande responsabilidade que assumimos ao receber estes recursos. Trabalhemos pela propagação do ideal ético da vida

Será que nos sentimos realmente tão ricos assim? Dê uma olhada nesta apresentação e tire suas conclusões. A aldeia de 100 pessoas

terça-feira, 6 de julho de 2010

Assistência social na casa espírita - I

Ontem, 04/07/2010, foi um dia muito especial. Participei do Encontro de Trabalhadores da Casa Espírita Cristã Maria de Nazaré e preciso dizer que foi muito importante para a construção de uma visão mais moderna a cerca do papel social desempenhado pelas casas espíritas, em especial pela nossa casa na comunidade da Rocinha.

Em sua exposição o palestrante apontou mudanças consideráveis no perfil do público atendido em ações sociais nos últimos 50 anos, bem como na forma de entender pobreza e de fazer assistência social. A reflexão foi concluída com pensamentos a cerca do entendimento do termo caridade em suas múltiplas formas e por um convite ao pensamento conjunto sobre a questão de promoção social.

Tentarei, nos próximos parágrados, apresentar a linha condutora que consegui apreender da palestra.

Quase meio século após o lançamento das primeiras bases da Casa Espírita Cristã Maria de Nazaré na Rocinha, Rio de Janeiro/RJ, muitas mudanças aconteceram, a começar pelos valores culturais que caracterizam o grupamento social que, em seu início, era composto por imigrantes, principalmente nordestinos, que procuravam melhores condições de trabalho e renda. A luta contra a pobreza era eminentemente em busca de recursos para a manutenção das necessidades básicas das famílias, estruturas comandadas pelos homens que trabalhavam na área da construção civil, como porteiros ou em atividades que exigissem baixa escolaridade. As mães mantinham-se em casa cuidando dos filhos e dos afazeres domésticos e havia uma estrutura familiar quase hierárquica de comando que mantinha a ordem e facilitava a disseminação de orientações e instruções, além de manter um rígido controle sobre os hábitos e costumes.

Hoje, duas gerações mais tarde, é possível identificar mudanças muito marcantes no aspecto cultural, em parte promovidas pelo acesso ao estudo, pela revolução feminina que levou a mulher para o trabalho e a libertou sexualmente, pelo atendimento às necessidades básicas através de programas do governo e do aumento do padrão mínimo de renda, pela nova organização familiar, que foge do modelo europeu do século XIX e até mesmo pela influência trazida pela mídia na composição de uma nova sociedade, midiática, e norteadora de desejos, anseios e formas de consumo em que mais do que a necessidade de consumir, o sujeito é caracterizado pelos símbolos que ostenta.

A legislação trabalhista, a constituição de 1988, o fim da ditadura, a liberdade de imprensa, o surgimento dos shoppings como alternativa ao lazer nas praças e parques, o grande estímulo ao consumo, a visão de progresso associada à capacidade de consumo, a pílula anticoncepcional, o reconhecimento dos direitos do cidadão e a importação de idéias como as de cidadania e liberdade trazidas pelos exilados políticos que retornavam ao Brasil após a ditadura são alguns dos exemplos/estímulos/comprovações das profundas mudanças nos paradigmas político, social, econômico e cultural que eram percebidos há 50 anos.

O aumento da complexidade nas relações sociais, a ampliação da capacidade de produção e o surgimento de novas formas de pensar o consumo, entre outros fatores, trouxeram também a necessidade de repensar o conceito de pobreza, antes entendido de forma unidimensional e amarrado à maior ou menor facilidade de suprir as necessidades básicas da vida (alimentação, saúde, higiene).

Pela visão moderna o indivíduo passa a ser considerado pobre quando está excluído da condição mínima de manifestar-se na sociedade(necessidades do ser, do estar, do fazer, do criar, do saber e do ter), mesmo que tenha suas necessidades básicas atendidas. A sociedade passa a ver pobreza sob uma perspectiva multidimensional, associada à incapacidade de atender a um ou mais fatores de manifestação da individualidade no coletivo. A pessoa não se sente mais incluída na sociedade, a não ser que consiga atender a algum padrão de manifestação socialmente aceito.

Juntamente com a nova visão de pobreza, nascem também as idéias de segurança social e da responsabilidade que o estado tem em garantir o acesso a esta para todos os grupamentos familiares, a célula básica do novo entendimento social. As famílias passam a ter seu direito social garantido através de ações governamentais preventivas ou corretivas, definidas em vários níveis de ação, e que são apoiadas pela iniciativa privada e pelo terceiro setor.

Neste novo cenário as ações de apoio social, antes religiosas ou filantrópicas, ganham o olhar governamental que visa assegurar o total respeito aos direitos da família através de legislações específicas, de planos diretores, do apoio de verbas públicas, de movimentos de pesquisa e da coordenação de projetos sociais em todos os níveis de atendimento, desde a prevenção até o apoio de indivíduos que perderam seus vínculos familiares.

A participação da sociedade em todo o processo através de fóruns deliberativos abertos de debate, da escolha dos governantes e do pagamento de impostos passa a caracterizar as bases de um processo democrático participativo em que o sujeito tem seus direitos plenamente respeitados através da manutenção de políticas públicas que integram os diversos setores da sociedade e visam evitar/mitigar as situações de risco social.

É neste universo que surge o grande desafio para a Casa Espírita Cristã Maria de Nazaré e todas as outras instituições espíritas que realizam atividades na área de assistência social. Como manter a identidade através da propagação de seus valores e, simultaneamente, respeitar as idéias e diretrizes propostas pelos novos modelos de apoio social criados pelo estado?

Neste ponto tornou-se vital repensar o entendimento do que é caridade, conceito que talvez careça de uma apropriação mais próxima dos ideais cristãos por parte de todos, ou seja, torna-se necessário ampliarmos o entendimento da questão.

Talvez as pessoas e instituições, materializadas através da figura dos voluntários, estejam distanciando-se do aspecto subjetivo da caridade, que propõe o relacionar-se com o outro através da percepção do outro como um irmão em favor de ações materiais de apoio ao indivíduo, sem a real preocupação quanto à abertura de espaço para que o outro possa expressar-se, manifestar-se, incluir-se, desta forma, no processo social do qual faz parte.

Quando olhamos para a caridade sob este aspecto de pensamento, facilmente identificamos uma comunhão de objetivos com as propostas do estado quanto à propagação do direito social, uma abordagem ética que visa o bem estar comum através do respeito à individualidade.

Talvez o grande desafio das casas espíritas neste novo século seja o de direcionar suas ações sociais rumo ao encurtamento da distância entre assistidos e voluntários através do entendimento de que somos todos seres humanos portadores de desejos e necessidades, criaturas imortais que lutam lado a lado para a construção de uma sociedade mais justa, ambiente saudável para a manifestação de inteligências, construção de sentimentos e materialização de progresso social.

Convido a você a pensar nestas questões.

Será que estamos todos realmente envolvido em ações de caridade?

Até onde já conseguimos praticar a caridade moral?

O que seria segurança social? Qual o nosso papel na construção de ambientes socialmente seguros?

sexta-feira, 11 de junho de 2010

Cure-se

Hoje, 11/06/2010, realizei um estudo sobre a doença e os mecanismos de cura no Grupo de Estudos Espíritas Rita de Cássia, na Zona Sul do Rio de Janeiro. O estudo teve como referência inicial o capítulo Curas do livro Desperte e Seja Feliz de Joanna de Ângelis através da mediunidade de Divaldo Pereira Franco.

A abordagem da autora do capítulo é muito interessante, uma vez que estabelece uma relação entre doença e imperfeição do espírito, propondo um mecenismo de tratamento que assegurará um estado de cura para o espírito.

A reflexão foi apoiada por uma apresentação, disponibilizada em formato MS Powerpoint e BR Office Impress. Tendo como referências de apoio:

  • Kardec, Allan; O Evangelho Segundo o Espiritismo; capítulos: II, III, V, XI, XXV
  • Kardec, Allan; O Livro dos Espíritos; 1ª. Parte capítulos: 1-3 / 2ª. Parte capítulos: 1-5
Acesse o webEspiritismo e ouça o Podcast "Cure-se".

Se preferir, pode realizar o download da reflexão Cure-se para o seu computador clicando com o botão direito do mouse sobre o link e escolhendo a opção salvar

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Cure-se por Guilherme Fraenkel está licenciado sob a licença Creative Commons Atribuição-Uso Não-Comercial-Compartilhamento pela mesma Licença 2.5 Brasil.

quinta-feira, 10 de junho de 2010

Como usamos nossos talentos?

Hoje decidi que abriria o Evangelho Segundo o Espiritismo ao acaso, leria uma passagem e depois meditaria sobre ela. A leitura foi “A parábola dos talentos”, uma lição muito bela trazida pelo Cristo e que nos oferece diversas lições de grandiosa importância.

Na parábola dois dos servos, os que recebem as maiores somas, mostram-se preocupados em fazer com que aqueles talentos dêem frutos a fim de que o senhor, ao retornar, possa estar satisfeito com os resultados. O outro servo, o que recebeu menos talentos, temendo a ira do senhor decide enterrar a pequena quantia que recebeu a fim de garantir que nada se perca.

Quando o senhor retorna e pede o ressarcimento dos valores colocados sob a guarda de seus servos, a surpresa. Os dois primeiros servos restituem a quantidade recebida e outro tanto, fruto de seus esforços e são recebidos com muita felicidade, enquanto o terceiro servo, que garantiu a restituição exata do valor a ele confiado é tratado de forma muito dura pelo senhor, que lhe retira os recursos e os entrega ao servo que havia recebido a maior quantidade.

Fiquei pensando, por que será que nenhum dos servos foi mal sucedido em retornar o dinheiro. Se dois deles decidiram investir o dinheiro recebido, não poderiam tê-lo perdido, pelo menos em parte? Que mensagem o Cristo propõe ao dizer que aqueles que receberam as maiores quantidades e que se arriscaram foram bem sucedidos?

Por outro lado, qual a mensagem deixada por Jesus quando propõe que o servo que enterrou os poucos talentos que havia recebido com o intuito de não correr riscos é uma criatura digna de ser punida?

Lembrei-me então do papel proposto pelo criador a cada uma de suas criaturas, a de integrar-se plenamente na obra e atuar continuamente na sua execução, ou seja, como nos propõe André Luiz através de Chico Xavier no livro Evolução em dois Mundos, todos nós, filhos de Deus, temos um papel de co-criadores, ou seja, não somos capazes de criar, mas somos capazes de transformar o mundo, de atuar nele incessantemente a fim de cumprir a vontade do pai.

Desta forma, é esperado de todos nós que, ao recebermos o dom da vida, o coloquemos em movimento, mesmo correndo riscos de não sermos eficientes. Este exercício sempre nos oferecerá um retorno positivo e deixará nosso senhor satisfeito. Talvez por essa razão, nenhum dos servos que tentaram multiplicar seus talentos foi mal sucedido em seus intentos ao passo que, aquele que não se empenhou tenha sido considerado o vilão da história, mesmo não tendo perdido o recurso recebido.

Mas ainda ficam dois pontos curiosos. Por que o senhor ofereceu quantidades diferentes de recursos para seus servos? Por que os que mais receberam foram os que melhores resultados apresentaram?

Fiquei pensando na questão do livre-arbítrio, ou seja, na liberdade que temos para conduzir as nossas escolhas, e na crescente liberdade de atuação na obra de Deus, proporcional à capacidade de usar o livre-arbítrio com sabedoria.

Deus identifica a capacidade de suas criaturas e lhes oferece tarefas cada vez mais desafiadoras à medida que se tornam mais capacitadas. Desta forma, reserva as tarefas mais complexas e as maiores quantidades de recursos àqueles que já conseguiram realizar as pequenas tarefas. Observo ainda, estabelecendo um correlação com o pensamento anterior, que estes companheiros, por serem mais capacitados, apresentam menores capacidades de falha, por já se encontrarem mais familiarizados com os propósitos de sua criação.

A parábola dos talentos é uma importante lição que nos oferece alegorias para percebermos a necessidade de nos esforçarmos para produzir algo com os dons que temos e, desta forma, eliminarmos o sofrimento de nossas vidas. Mas também nos ajuda a entender que Deus não oferece desafios maiores que a nossa capacidade de realização, evitando, desta forma, que nos comprometamos e soframos sem necessidade, ele respeita a nossa capacidade de realização e não oferece situações em que possamos causar prejuízo. Nos exercitamos nas pequenas situações a fim de nos desenvolvermos para sermos fiéis nas grande situações do futuro.

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segunda-feira, 31 de maio de 2010

Uma prece

Uma bela prece, realizada por Sérgio Felipe de Oliveira

Progresso espiritual

Falamos tanto sobre as idéias de progresso propostas pelos espíritos através de diversas obras espíritas que, vez por outra, nos esquecemos que esta idéia está presente em nossa sociedade planetária, trabalhando aspectos de imortalidade, reencarnação, progresso e amor.

Este vídeo que achei no Youtube nos lembra este fato trazendo de forma simples alguns pensamentos do povo do Egito antigo.

  • Item Lista

sábado, 22 de maio de 2010

caridade

palestra proferida em 05/05/2010 na Oficina do Sucesso da Casa Espírita Cristã Maria de Nazaré, na Rocinha, Rio de Janeiro, sobre a caridade. Usei como referência para o estudo o capítulo 3 do livro O Espírito da Verdade, de Francisco Cândido Xavier.

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Transformando a fé

Sempre que pensamos em religião falamos em fé e acabamos entrando no pensamento de que nossa fé é pequena. Questiono-me se nossa fé é realmente tão pequena assim ou ainda não sabemos direcionar nosso pensamento em direção àquilo que desejamos.

Este estudo foi realizado em 18/05/2010 na Casa de Francisco, Zona Sul do Rio de Janeiro, e teve como principal referência o capítulo sobre Fé, contido em O Evangelho Segundo o Espiritismo de Allan Kardec.

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Médico interno e saúde

A doença é sempre um aspecto difícil de nossas vidas, principalmente quando a associamos a equívocos do passado. Veja como Joana de Angelis trata a questão e propõe uma postura mental que nos leva à saúde.

Este estudo foi realizado em 21/05/2010 no Grupo de Estudos Espíritas Rita de Cássia, na Zona Sul do Rio de Janeiro e teve como principal referência de estudo o capítulo entitulado O Médico Interno do livro Desperte e Seja Feliz, de Joana de Angelis através do Médium divaldo

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Refugia-te

Uma das atividades de que mais gosto é a divulgação doutrinária, Através dela temos a oportunidade de estar em contato com os fluxos de pensamento da espiritualidade superior, que direcionam nossas mentes ensinando-nos importantes lições.

No dia 14/05/2010 tive a oportunidade de apresentar uma rápida reflexão sobre uma lição muito especial de Emmanuel, contida no capítulo 147 do livro Fonte Viva entitulada Refugia-te. A reflexão deu-se no Grupo de Estudos Espíritas Rita de Cássia, na Zona Sul do Rio de Janeiro.

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sexta-feira, 14 de maio de 2010

Integremo-nos

Estou sempre tentando dar uma arrumada nos arquivos em meu computador e sempre acho algo interessante. Achei este estudo feito no dia 28/11/2009 sobre a nossa integração com a natureza à luz da doutrina espírita no Grupo de Estudos Espíritas Rita de Cássia, na Zona Sul do Rio de Janeiro. O ponto de partida do estudo foi o capítulo 122 de título Entendamo-nos, uma lição do espírito Emmanuel trazida através da psicografia de Francisco Cândido Xavier no Livro Fonte Viva.

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quinta-feira, 13 de maio de 2010

criatividade para fazer a caridade

Um amigo me enviou um link de uma bela história e o compartilho com vocês.

Trata-se de uma matéria de Giovana Vitola publicada em O Globo online no dia 06/04/2010 cujo título é O anjo-da-guarda da Austrália.

A matéria conta um pouco da história de Don Ritchie, um australiano residente em Sidney e que salvou cerca de 400 pessoas ao longo de 50 anos. Sua motivação? Simplesmente o espírito de querer ajudar.

quinta-feira, 6 de maio de 2010

Deus me chamou

Deus não me chamou para ter sucesso. Ele me chamou para ter fé.
Madre Teresa de Calcutá, Tudo começa com a Prece

Conversando com Deus

Nem gosto muito de usar a palavra prece, que parece indicar um apelo formal e unilateral a Deus. Para mim, conversar com Deus, falar com Ele como se fala a um amigo próximo e querido, é uma forma de oração mais natural, pessoal e eficaz.
Sri Daya Mata, No Silêncio do Coração

quarta-feira, 5 de maio de 2010

Bom Senso

Hoje tive a oportunidade de apresentar um estudo sobre o bom senso à luz da doutrina espírita no Grupo de Estudos Espíritas Rita de Cássia, na Zona Sul do Rio de Janeiro. O ponto de partida do estudo foi o capítulo XXVI de um precioso livro entitulado Homem de Bem, cuja autoria é do espírito Augusto através da mediunidade de Clayton Levi.

Disponibilizo na íntegra o áudio da palestra realizada. Espero que possa ser de grande utilidade para você como foi para mim. A riqueza do pensamento, a clareza das idéias e as relações que foram possíveis com as obras básicas me ofereceram farto material de reflexão.

Acesse o webEspiritismo e ouça o Podcast "Bom Senso".

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Bom Senso por Guilherme Fraenkel está licenciado sob a licença Creative Commons Atribuição-Uso Não-Comercial-Compartilhamento pela mesma Licença 2.5 Brasil.

Francisco de Assis

Em 2009 realizei este estudo no Grupo de Estudos Espíritas Rita de Cássia, na Zona Sul do Rio de Janeiro, em homenagem a Francisco de Assis por ocasião de seu aniversário.

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quarta-feira, 14 de abril de 2010

Quem Sou!

Acabei de postar em meu blog pessoal, o Anajé, um pensamento de Paramahansa Yogananda muito interessante sobre a questão de sermos espíritos encarnados e a importância que damos à matéria. Vale dar uma conferida lá.

terça-feira, 6 de abril de 2010

Coração apertado

Hoje acordei com meu coração apertado. Por um lado as chuvas que desabaram intensamente durante toda a noite sobre o Rio de janeiro trazendo apreensão e transtorno para centenas de pessoas enquanto eu dormia profundamente, por outro a data especial, meu aniversário, que movimenta corações queridos em lembranças e telefonemas constantes que me enchem a alma de júbilo e felicidade.

Devido à chuva, acabei ganhando um dia de folga, junto à minha família, na segurança de meu aconchegante e seco lar enquanto outras pessoas encontram-se ilhadas, aflitas e cansadas. Muitos perderam familiares, negócios e casas e agora vivem momentos em que precisam de fé e esperança. Dezenas de equipes de médicos, policiais, bombeiros, jornalistas, entre outros se empenham para fazer o melhor possível, vencendo o cansaço e superando os desafios propostos pelo planeta.

Estes dois sentimentos conflitantes acabaram me levando às questões da justiça das aflições, conforme proposto em O Evangelho Segundo o Espiritismo no capítulo V, entitulado “Bem Aventurados os aflitos”.

Eu, carioca, residente no sexto andar de um prédio da zona sul, encontro-me em absoluta segurança e só me dei conta do sofrimento de milhares de pessoas porque liguei a televisão ao acordar para saber das condições de trânsito antes de sair para o trabalho. Residindo e trabalhando em regiões que foram afetadas pelas chuvas, escapei de “passar por transtornos” porque decidi encerrar meu dia de trabalho ontem mais cedo e ir diretamente para casa. Ainda cheguei em casa reclamando porque estava todo molhado, sem me dar conta da quantidade de pessoas que moram nas ruas e que passariam uma noite muito difícil, que passariam a noite na rua sem conseguir ir para casa, que teriam suas vidas arrebatadas por alagamentos e deslizamentos.

Na realidade, agora, enquanto escrevo, é que me dou conta da enorme quantidade da pessoas que ainda sofrerão bastante em função destas chuvas devido a doenças adquiridas, negócios perdidos, parentes desencarnados e casas destruídas.

É claro que a doutrina espírita nos ensina que conseguimos atingir apenas estados passageiros de felicidade nesta vida e que, na realidade, nossas encarnações caracterizam-se por oportunidades de grande aprendizado cunhadas através de situações desafiadoras.

Entendemos pela leitura do capítulo III de O Evangelho Segundo o Espiritismo, Há muitas moradas na casa de meu pai, que estes momentos de tormento ainda são necessários para que possamos aprender a fazer as melhores escolhas. Já buscamos conforto e estímulo à luta pelos ensinamentos contidos nos capítulos II e VI, “Meu reino não é deste mundo” e “O Cristo Consolador” respectivamente, e nos sentimos plenamente convidados a lutar até as últimas forças a fim de chegar a uma vida melhor.

Meu pensamento, entretanto, posicionou-se no outro lado, no lado daqueles que saem ilesos destas catástrofes, no lado das pessoas que respiram aliviadas ao constatarem que, por pouco, não enfrentaram dificuldades e que são arrebatadas por um grande sentimento de felicidade e gratidão. Pessoas que, como eu, sentiram vontade de mudar a rotina do dia e, ao ceder a esta vontade, escaparam de enchentes, desabamentos, apagões, violências e outras situações de sofrimento material.

Onde a verdadeira desgraça? Será que todos os desgraçados encontram-se entre aqueles que não estão em segurança, que perderam seus negócios, suas casas ou até mesmo suas vidas? Será que o fato de estar em segurança em minha casa tira-me do grupo dos desgraçados, pelo menos no dia de hoje?

A orientação de Delfina de Girardin, recebida em Paris no ano de 1961 e transcrita em O Evangelho Segundo o Espiritismo no capítulo V sob o título “A desgraça real” nos dá uma pista importante para responder a este questionamento. Delfina nos ensina que não é o fato material em si, mas as suas conseqüências, a forma como nos portamos a partir dele que conta.

Será que as pessoas, atingidas pelas chuvas ou ilesas, estão aproveitando este momento para praticar o mandamento maior do Cristo, “Amai a Deus sobre todas as Coisas e ao próximo como a si mesmo”?

Ouvia no rádio agora há pouco sobre o porteiro que permitiu que pessoas, presas em seus carros sem condição de retornar ao lar pudessem usar as dependências do condomínio para sentirem-se um pouco mais confortáveis.

Os noticiários da televisão relatam pessoas que estão com suas casas em situação de risco e se movimentam para amparar vizinhos e desconhecidos que tiveram suas casas destruídas ao invés de tentar salvar seus bens.

Neste dia bombeiros, médicos, enfermeiros, policiais, Garis, engenheiros, jornalistas e muitos outros trabalham para atender aos que sofrem com a maior dedicação possível, esquecidos das possíveis desgraças que podem ter afetado seus próprios lares.

Dezenas de seres que viveram e venceram momentos difíceis na noite de ontem encontram-se unidos a outras dezenas que passaram a noite em segurança para atender às urgências do Rio de Janeiro.

Grupos religiosos já se movimentam por telefone, email e redes sociais para criar redes de oração e pensamentos positivos em favor dos que sofrem e dos que precisam coordenar ações de socorro e amparo.

Acho que temos um bom exercício de sensibilidade e amor ao próximo para desempenhar. O que será que cada um de nós, afetados ou não pela chuva, tem a oferecer? Quem sabe um pensamento de indulgência, de paciência, de esperança? Quem sabe um pacote de biscoitos, um cobertor? Talvez um sorriso e mais uma mão para retirar os entulhos que dificultam a passagem?

Que possamos viver a mensagem do Cristo intensamente neste momento. Que possamos abraçarmo-nos neste momento de dor e sofrimento.

segunda-feira, 22 de março de 2010

Vida com amor

O Cristo nos propõe amarmos nossos inimigos, vivermos a vida praticando a caridade e com vistas à vida espiritual, chamada por ele de vida futura.

Há 2000 anos tentamos colocar em prática estas recomendações, mas ainda temos muitas dificuldades. A violência, a falta de compreensão, de misericórdia, de benevolência, de indulgência e de perdão frutos de nossa incipiência na arte de amar podem ser vistos com grande freqüência em nossa sociedade e ocultam-se em gestos tão sutis que não nos damos conta.

Ainda outro dia conversava com um amigo sobre o aspecto do castigo aplicado às crianças como forma de educação. Já existe um grande número de pessoas que repudiam as agressões físicas como forma de educar, mas ainda pensamos em castigar como ferramenta de coerção e convencimento à cerca da forma correta de proceder. Colocamos nossos filhos para pensar, mas dizemos muito pouco. Exigimos muito e, em muitos casos, sem justificativa.

Ainda temos a dificuldade de perceber que nossa contribuição como pais e educadores é fazer despertar a individualidade que está presente à nossa frente sob a forma de um pequeno ser.

Recebi a transcrição de um relato por email que me fez parar para retomar este assunto. E aqui estou novamente. O Dr. Arun Gandhi relata como foi levado por seu pai, filho de Mahatma Gandhi, a refletir sobre a questão da mentira. Fiquei realmente impressionado, devo admitir, com a postura do pai/educador.

Por que será que temos tanta dificuldade em perceber e aceitar que a lei divina se responsabilizará por oferecer todas as oportunidade, inclusive as mais rudes, se necessário, para que percebamos os nossos erros e que, pela mesma lei, nos cabe oferecer a benevolência, a indulgência e o perdão?

Por que será tão difícil para nós nos percebermos como aquele que apóia, que ama e perdoa ao invés de nos percebermos como os verdugos que trazem a punição necessária para os erros cometidos por outros?

Será que estamos super-valorizando os aspectos negativos da vida e deixando de lado a beleza da vida em toda a sua diversidade de formas e manifestações?

terça-feira, 9 de março de 2010

Uma definição singular de saudade

Sou espírita há alguns anos e acredito firmemente nos princípios da reencarnação, da imortalidade da alma e da existência de um Deus bom e justo. Mas devo confessar que tenho muita dificuldade com a aplicação destes princípios no dia-a-dia para ler a vida de uma forma diferenciada.

Talvez por já conseguir reconhecer esta deficiência eu me encante quando tenho contato com relatos de pessoas que já possuem mais facilidade de fazer esta ponte.

O doutor Rogério Brandão, oncologista residente no Nordeste, conta uma destas histórias. Trata-se de um fato ocorrido com ele mesmo e que serve para resignificarmos a palavra saudade. Leia "DEFINIÇÃO SINGULAR DE SAUDADE" e confira

sexta-feira, 26 de fevereiro de 2010

André Trigueiro fala de Espiritismo e Meio Ambiente

Suely Caldas Schubert fala em Laranjeiras

Uma das maiores estudiosas e divulgadoras da doutrina espírita. Autora de vários livros, Suely já proferiu inúmeras palestras no Brasil e no exterior. Suas obras vêm servindo de referencial nos estudos da mediunidade.

Data:06 de março de 2010 às 16 horas
Local: Casa de Francisco de Assis - Rua Alice, 308 – Laranjeiras
Tels: 2265-9499/2557-0100
Entrada: 1 lata ou sache de leite em pó

Biografia de Suely

Suely Caldas Schubert nasceu em Carangola, MG. Desde jovem, dedica-se às atividades espíritas, especialmente no âmbito da mediunidade e da divulgação do Espiritismo. Autora de nove livros, é também conhecida expositora, tendo realizado dezenas de palestras no Brasil e no exterior.

Pela Editora da Federação Espírita Brasileira lançou seus dois primeiros livros – Obsessão/Desobsessão: Profilaxia e Terapêutica (1981) e Testemunhos de Chico Xavier (1986). Outros livros de sua autoria são O Semeador de Estrelas (1989), Ante os Tempos Novos (1996), ambos pela Editora LEAL; Mediunidade: Caminho para ser Feliz (1999), pela Editora Didier; e Transtornos Mentais (2001), pela Minas Editora.

Em 1986, Suely fundou com um grupo de companheiros a Sociedade Espírita Joanna de Ângelis, em Juiz de Fora, da qual foi a primeira presidente e hoje exerce a vice-presidência. Tem uma atividade intensa na Aliança Municipal Espírita dessa cidade, onde reside e é diretora do Departamento de Mediunidade.

quinta-feira, 18 de fevereiro de 2010

Revolução da Ama - Aristóteles

Este texto, atribuído ao pensador Aristóteles, é simplesmente fantá. Vale a leitura sob a ótica espíritastico

segunda-feira, 8 de fevereiro de 2010

Turma da Mônica fala sobre reencarnação

Recebi a dica de uma amiga e achei que pode ser uma referência importante para todos que realizam atividades de evangelização com crianças.

http://www.monica.com.br/comics/reencarnacao/welcome.htm

Vem a vida...

Outro dia estava pensando na vida sob a ótica espírita, como um encadeamento de experiências de aprendizado e acabei escrevendo este poema. Espero que gostem

Vem a Vida...

Chega de mansinho...
Cresce devagarinho...
Deixa aquele gostinho...

Venha Vida!
Vem a Vida...

Chega com tempo finito!
Cresce querendo o infinito!
Deixa todo mundo aflito!

Venha Vida!
Vem a Vida...

Chega sem nada querer.
Cresce sem ninguém ver.
Deixa uma saudade gostosa querendo ver...

Venha Vida!
Vem a vida...

Chega ao nascer...
Cresce até morrer.
Deixa o desejo de renascer!

Venha Vida!

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Vem a Vida... de Guilherme Fraenkel é licenciado sob uma Licença Creative Commons Atribuição-Uso não-comercial-Compartilhamento pela mesma licença 3.0 Brasil.

quarta-feira, 20 de janeiro de 2010

O porvir e o nada

Fui convidado pela direção do Grupo de Estudos Espíritas Rita de Cássia, na Zona Sul do Rio de Janeiro, a realizar um estudo em 2009 sobre o capítulo O porvir e O Nada do livro O Céu e o Inferno de Allan Kardec.

Disponibilizo na íntegra o áudio da palestra realizada. Espero que possa ser de grande utilidade para você como foi para mim

Acesse o webEspiritismo e ouça o Podcast "O porvir e o nada".

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O porvir e o nada por Guilherme Fraenkel está licenciado sob a licença Creative Commons Atribuição-Uso Não-Comercial-Compartilhamento pela mesma Licença 2.5 Brasil.