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quinta-feira, 22 de outubro de 2009

Convite ao amor

Esta mensagem atribuída A Bezerra de Menezes através da psicofonia de Divaldo Pereira Franco ao final da conferência pública em torno da maternidade no Grupo Espírita André Luiz no Rio de Janeiro na noite de 13 de agosto de 2009 foi enviada por uma amiga para mim e, mesmo não tendo verificado a procedência, decidi compartilhar com todos devido à profundidade do convite feito. O título foi atribuído por mim, em um ato de atrevimento, dada a necessidade de indicar com maior clareza o objetivo do texto e dar título a este post

Convite ao amor

“Cristãos decididos

…Estamos sendo convocados pelos Espíritos nobres para ser os lábios pelos quais a palavra de Jesus chegue aos corações empedernidos.

Estamos sendo convocados para ser os braços do Mestre, que afaguem, que se alonguem na direção dos mais aflitos, dos combalidos, dos enfraquecidos na luta.

Estamos colocados na postura do bom samaritano, a fim de podermos ser aquele que socorra o caído na estrada de Jericó da atualidade.

Nunca houve na história da sociedade terrena tantas conquistas de natureza intelectual e tecnológica!

Nunca houve tanta demonstração de humanismo, de solidariedade, tanta luta pelos direitos humanos!

É necessário, agora, que os cristãos decididos arregacem as mangas e ajam em nome de Jesus.

Em qualquer circunstância, que se interroguem: – em meu lugar que faria Jesus?

E, faça-o, conforme o amoroso Companheiro dos que não têm companheiros, faria.

Filhos da alma!

Estamos saturados de tecnologia de ponta, graças, à qual, as imagens viajam no mundo quase com a velocidade do pensamento, e a dor galopa desesperada o dorso da humanidade em desalinho.

O Espiritismo veio como Consolador para erradicar as causas das lágrimas.

Sois os herdeiros do Evangelho dos primeiros dias, vivenciando-o à última hora.

Estais convidados a impregnar o mundo com ternura, utilizando-vos da compaixão.

Periodicamente, neste planeta de provas e expiações, as mentes em desalinho vitalizam microorganismos viróticos que dão lugar a pandemias destruidoras.

Recordemo-nos das pestes que assolaram o mundo: a peste negra, a peste bubônica, as gripes espanhola, a asiática e a deste momento de preocupações, porque as mentes dominadas pelo ódio, pelo ressentimento, geram fatores propiciatórios à manifestação de pandemias desta e de outra natureza.

Só o amor, meus filhos, possui o antídoto para anular esses terríveis e devastadores acontecimentos, desses flagelos que fazem parte da necessidade da evolução.

Sede vós aquele que ama.

Sede vós, cada um de vós, aquele que instaura o Reino de Deus no coração e dilata-o em direção da família, do lugar de trabalho, de toda a sociedade.

Não postergueis o dever de servir para amanhã, para mais tarde.

Fazei o bem hoje, agora, onde quer que se faça necessário.

As mães afro-descendentes, as mães de todas as raças, em um coro uníssono, sob o apoio da Mãe Santíssima, oram pela transformação da Terra em Mundo de Regeneração.

Sede-lhes filhos dóceis à sua voz quão dócil foi o Crucificado Galileu que, ao despedir-se da Terra, elegeu-a mãe do evangelista do amor, por extensão, a Mãe Sublime da Humanidade.

Muita paz, meus filhos.

Que o Senhor de bênçãos nos abençoe.

O servidor humílimo e paternal de sempre,

Bezerra”

A Tolerância

Estou realmente encantado pela leitura de um livro que está me ajudando a compreender melhor vários aspectos do processo de progresso a que todos nós estamos submetidos. Grandes e Pequenos Problemas, de Angel Aguarod, editado pela FEB, é realmente uma leitura muito importante para nós que desejamos compreender melhor nosso processo de desenvolvimento em direção a Deus.

Reproduzo a seguir alguns trechos retirados do item I do capítulo IV, entitulado "O Problema da Benevolência". Nestes trechos o autor trabalha a questão da tolerância de uma forma muito simples, direta e esclarecedora.

A tolerância propriamente dita só é patrimônio de Espíritos evoluídos; não podem ser tolerantes os Espíritos que ainda não conseguiram compreender que é um dever seu respeitar as opiniões e os procedimentos alheios, opostos ao seu, por não lhe ser lícito proceder com os outros de maneira diferente da que quereriam que os outros se conduzissem para com eles. Isto é um princípio de justiça, que o Espírito só chega a compreender e sentir quando tem passado muitas encarnações lutando e sofrendo e conquistou dessas lutas e sofrimentos um considerável cabedal de experiência, que o obriga a considerar as coisas e os seres seus semelhantes por um prisma próximo da realidade.

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Tolerância não quer dizer que se reconheça a toda gente o direito de fazer o que lhe apraza, o que melhor lhe pareça, apoiada no postulado que enunciei, não. A bondade, que é mãe da benevolência, o é também da tolerância e, porque o é, deve ser a impulsionadora do Espírito em todos os seus atos e relações com o que existe na Criação. Assim, a tolerância, inspirada pela bondade, não olhará indiferente para o proceder alheio, quando este proceder seja incorreto, inconveniente e possa lesar interesses morais e materiais, próprios ou estranhos, individuais ou coletivos.

Os Espíritos atrasados devem ser auxiliados, para que aumentem o cabedal de seus conhecimentos e retifiquem seus erros.

A tolerância impõe-se, no sentido de não se recorrer à violência para ampliar a razão daquele que a tenha pouco desenvolvida, ou para dar melhor compreensão das coisas e dos fatos aos que tenham deficiente conhecimento de umas e outros. A tolerância não consiste na indiferença. Pode e deve a criatura ser tolerante em face das opiniões alheias, por mais opostas que sejam às suas próprias; ela prescreve o respeito às creñças, aos gostos e tendências dos outros; porém, a ninguém impõe o silêncio diante do que lhe desagrade, ou seja compreendido de outro modo. Ao contrário, respeitando o indivíduo, inspirado pela bondade e pela justiça que ele em si contém, a maneira porque os outros exteriorizam seus sentimentos, a tolerância o obriga a considerar os outros como a si mesmo e a fazer-lhes tudo aquilo que lhes possa convir. Ora, o que convém a todo ente humano é aprender, progredir, evolver espiritualmente o mais rápido possível. E a tarefa dos que mais sabem é, ou deve ser, ensinar aos que sabem menos, e a dos que mais bondade possuem dar lições práticas dessa bondade, para que os seus inferiores tenham um guia que lhes indique de que maneira devem proceder para também subir.

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É preciso que os que compreendem o que é tolerância e por que devem ser tolerantes o sejam em toda a extensão da palavra; que se interessem pelo progresso da humanidade, considerando seus membros separadamente e a massa, renunciando, no demonstrar esse interesse, a toda violência....