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quarta-feira, 24 de dezembro de 2008

Uma visão espírita sobre a eutanásia

Este é o primeiro artigo de uma nova experiência no WebEspiritismo. Quantas vezes somos convidados a conduzir reflexões em casas espíritas, para audiências grandes ou pequenas, nos esforçamos, pesquisamos o tema, organizamos uma apresentação, fazemos a apresentação e descartamos o material?

Arrisco a dizer que, pelo menos de minha parte, estou desperdiçando recursos, recursos que poderiam estar disponíveis para um número maior de pessoas e que poderiam servir de referências para estudos no futuro.

Com este sentimento de aproveitar melhor o esforço de estudo e pesquisa, o apoio da espiritualidade e o apoio da audiência para a condução de palestras espíritas, decidi começar a disponibilizar o resultado destas palestras no webEspiritismo no formato de áudio. Quem quiser mais informações sobre a idéia, implementação, assuntos técnicos, pode visitar a página que fala sobre o projeto webEspiritismo.

Bom, vamos ao que interessa, esta reflexão foi conduzida no Grupo Rita de Cássia de Estudos Espíritas em 20/11/2008 e teve como tema os itens 27 e 28 do capítulo V de O Evangelho Segundo o Espiritismo, que tratam sobre caridade e eutanásia. Espero que apreciem a reflexão.

Sugiro, a título de aprofundamento do tema abordado, o estudo dos capítulos 2, 5, 6, 11, 15 e 19 de O Evangelho Segundo o Espiritismo de autoria de Allan Kardec.

Acesse o webEspiritismo e ouça o Podcast "Uma visão espírita sobre a eutanásia

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uma visão espírita sobre a eutanásia por Guilherme Fraenkel está licenciado sob a licença Creative Commons Atribuição-Uso Não-Comercial-Compartilhamento pela mesma Licença 2.5 Brasil.

terça-feira, 9 de dezembro de 2008

Considerações sobre o necessário e o supérfluo

Estava revendo algumas reflexões antigas e achei esta, organizada em função de um estudo realizado na Casa Espírita Cristã Maria de Nazaré no dia 15/05/2003, achei que seria interessante compartilhá-la com todos

Considerações sobre o necessário e o supérfluo

Vamos buscar o entendimento de nosso estudo a partir do título "Sobras". Aquilo que nos sobra, segundo o dicionário Aurélio, é tudo aquilo que temos em demasia, em excesso, é tudo aquilo que nos é supérfluo.

Se formos questionados sobre o que nos sobra, num primeiro impulso teremos a tendência de responder que nada nos sobra, pelo contrário, sempre falta alguma coisa. Quando somos levados a refletir um pouco mais, começamos a perceber pequenas coisas que estão à nossa volta e que, realmente não nos farão falta.

O que nos importa considerar é que aquilo que está sobrando em algum lugar está faltando em outro, uma vez que a sabedoria de Deus não permitiria a criação de algo que não tivesse utilidade. Cabe a nós gerirmos aquilo que temos de forma a não irmos de encontro às leis de Deus.

Considerando-se a necessidade de gestão daquilo que possuímos para evitar o desperdício, ficamos a nos perguntar o que realmente nos é necessário.

Olhamos para o passado da humanidade e percebemos que os Homens viviam com muito menos do que temos hoje, no extremo, o homem das cavernas praticamente nada possuía, era um nômade, um andarílho e só possuia aquilo que podia carregar. Desta observação vem um impulso imediato de acharmos que tudo o que possuímos é supérfluo. Mas não podemos esquecer que Deus é soberanamente justo e bom, não nos daria a possibilidade de adquirirmos tantas coisas se não tivesse um objetivo. Durante toda a caminhada como espíritos imortais somos levadas a buscar o conforto, movimento que prolonga nossas vidas e desperta potências adormecidas. Desta forma, tudo aquilo de que hoje precindimos é necessário para o nosso movimento evolutivo. A primeira conclusão extremamente importante então é que o conceito de necessário é relativo ao momento evolutivo em que a humanidade se encontra.

Quando buscamos então o conceito de necessário relativo ao momento em que vivemos, somos impactados por grandes diferenças, percebemos que existem pessoas pobres que vivem muito bem com muito pouco e outras que não conseguem viver apaziguadas. O mesmo cenário é encontrado entro os ricos. Percebemos então que não existe uma relação direta entre o conceito de necessário e a classe social onde se encontra o indivíduo. Quando começamos a observar nossa sociedade percebemos que as pessoas possuem conceitos diferenciados sobre o que lhes é necessário

Atingimos desta forma um ponto crítico, não é possível estabelecer um conceito geral sobre o que é necessário e o que é supérfluo. Cada indivíduo deve considerar o seu próprio momento evolutivo para definir o que lhe é necessário e deixar para que os outros se preocupem com o que lhes é supérfluo.

Nesta linha, precisamos observar como empregamos o que possuímos. Se percebemos que estamos nos prejudicando com aquela forma de gerência ou estamos prejudicando aqueles que estão à nossa volta, então não estamos aplicando bem o que possuímos, temos mais do que precisamos e não estamos aplicando de forma correta.

Outra reflexão muito importante é que este raciocínio, ao contrário do que imaginamos, deve ser empregado em todos os aspectos de nossas vidas. Se nos acostumamos a assistir programas de televisão que possuem uma influência negativa em nosso estado vibratório, estamos empregando mau o nosso tempo e a energia elétrica consumida.

Se não zelamos pelo bem estar de nosso lar, desrespeitando os parentes e os serviçais, estamos desperdiçando tempo e o momento evolutivo numa oportunidade única de convívio para o refazimento de laços de amor e amizade.

Devemos assim perceber quais são os bens que possuímos, tempo, dinheiro, amor, atenção, conhecimento, etc, e observarmos se estamos fazendo bom uso.

Adquirimos supérfluos mas que, a nosso ver, não prejudicam a ninguém (de alguma forma prejudicam, a sobra de comida que jogamos fora, a comida que estraga na geladeira, o tecido que estragamos porque não cortamos direito). Adquirimos supérfluos e temos a conciência que prejudicamos pessoas para adquirí-lo.

Deveríamos usar o que nos sobra para praticar caridade material, sem nos esquecermos do conceito amplo da caridade, que é libertador

Aprofundando a reflexão

  • Evangelho Segundo o Espiritismo > Capítulo XV (Fora da caridade não há salvação)
  • O Livro dos Espíritos > Questões 715/717
  • Religião dos Espíritos > Sobras

segunda-feira, 8 de dezembro de 2008

Homem Justo

Um amigo emprestou-me este pequeno livro repleto de belas reflexões entitulado "O Sermão da Montanha" de Huberto Rohden. Estava lendo o capítulo que fala sobre "Bem aventurados os que sofrem perseguição por causa da justiça", que traz esta importante passagem, que decidi transcrever na íntegra. Boa reflexão a todos.

"Justiça, como já dissemos, significa a atitude justa e reta do homem para com Deus. O homem "justo", nos livros sacros, é o homem santo, o homem crístico, o homem que realizou em alto grau o seu Eu divino pela experiência mística manifestada na ética. O homem "justo" é o homem que se guia, invariavelmente, pelos dois grande mandamentos, o amor de Deus e a caridade do próximo." Rohden, Huberto; O Sermão da Montanha; Martin Claret; SP; 2003

sexta-feira, 5 de dezembro de 2008

O progresso e a felicidade

Ainda que o finito em demanda do Infinito tenha sempre diante de si itinerário ilimitado, e jamais chegará a um ponto onde lhe seja vedado progredir ulteriormente - porque não há "luz vermelha" nos caminhos de Deus - É certo que o humano viajor chegará a um ponto em que a sua compreesnsão e amor de Deus o tornará profundamente feliz. Rohden, Huberto; O Sermão da Montanha; Martin Claret; SP; 2003;

Bem Aventurados os Pacificadores

O grande tratado de Paz tem que ser assinado no foro interno do eu individual antes de poder ser ratificado no foro externo das relações sociais. Nunca haverá Nações Unidas, nunca haverá sociedade ou família unida enquanto não houver indivíduo unido. Pode, quando muito, haver um precário armistício (que quer dizer "repouso de armas"), mas não uma paz sólida e duradoura enquanto o indivíduo estiver em guerra consigo mesmo. Que é um armistício se não uma trégua, maior ou menor, entre duas guerras? Paz social, segura e estável, supõe paz individual, firme e sólida. Rohden, Huberto; O Sermão da Montanha; Martin Claret; SP; 2003;

quarta-feira, 5 de novembro de 2008

O Homem Integral e a Mediunidade com Jesus - Parte IV

Vamos continuar a refletir sobre a mediunidade à luz da idéia do Homem Integral? Neste artigo pensaremos sobre o desenvolvimento da mediunidade como ferramenta de progresso para o Espírito imortal e como esta mecânica funciona à luz do processo reencarnatório.

Vamos lembrar que o objetivo deste artigo não é ser conclusivo sobre o assunto, mas abrir caminho para reflexões a cerca de nossa jornada de aprendizado, sempre, é claro, a partir dos ensinamentos contidos em obras da doutrina espírita e tendo como base a codificação proposta por Allan Kardec.

No primeiro artigo da série, O Homem Integral e a Mediunidade - Parte I, falamos um pouco sobre a idéia do Homem Integral e a estrutura deste modelo de entendimento do espírito em sua jornada de aprendizado.

O segundo artigo, O Homem Integral e a Mediunidade - Parte II, abordou, de forma superficial os processos de formação de nossos corpos de relação, enquanto espíritos encarnados (corpo físico) e enquanto espíritos desencarnados(perispírito)

O terceiro artigo da série, O Homem Integral e a Mediunidade – Parte III, abordou a idéia de corpo de relação do espírito como instrumento para seu processo de aprendizado.

Neste artigo vamos refletir um pouco sobre o surgimento da potência mediúnica como possibilidade de relação do espírito com o ambiente que o cerca.

A mediunidade como sentido

Somos espíritos imortais trilhando um caminho de auto-aperfeiçoamento e auto-descoberta através da convivência com outros espíritos e com o universo que nos envolve. Nossas necessidades de aprendizado, a competência desenvolvida ao longo dos séculos para interagir com o universo, o apoio da espiritualidade superior e a nossa vontade nos garantem que teremos sempre as condições adequadas para o aproveitamento ótimo das situações que se apresentam em nossas vidas, conseqüentemente teremos sempre o corpo de relação mais adequado à execução das tarefas a que estamos destinados no momento.

A partir desta série de afirmações, conseguimos entender melhor a enormidade de capacidades físicas de que dispomos atualmente, tais como a fala, a visão e a audição, além de compreendermos porque em alguns momentos temos estas potências ampliadas ou reduzidas em uma determinada encarnação. Precisamos de características específicas em nossos corpos de relação para podermos vivenciar determinadas situações de aprendizado de forma adequada.

Contamos com a nossa capacidade intelectual para superar limitações (microscópios, tomógrafos, computadores, sensores de temperatura e de luz, etc) e é este exercício de superação que tem nos ajudado no desenvolvimento moral; uma vez que este deriva daquele, ou seja, a ampliação das possibilidades de interação com a matéria faz com que possamos observar com maior eficiência as relações de causa e efeito e aprender assim as leis que regem o Universo e que representam a vontade de Deus.

Aos poucos vamos descobrindo indícios sobre a existência de um criador e de uma realidade trascendente à realidade temporal, a realidade espiritual, que é, de fato, a principal dimensão do espírito.

Para facilitar este processo de ampliação da realidade conhecida, de descoberta do Criador e de nós mesmos como grandes potências, contamos, desde os primórdios de nossas existências, com um sentido extra, muitas vezes ignorado e mal entendido pela maior parte dos homens, a mediunidade, que possibilita a interação direta com a realidade espiritual, a troca de informações, a aceleração dos processos de aprendizado e a ampliação do apoio e consolo durante a caminhada.

A mediunidade abre a possibilidade de percebermos o norte a ser seguido, funciona qual farol que guia as embarcações pelo caminho seguro, a pesar das tempestades. Ela é, de fato, assim como a visão, a audição e os demais sentidos, um caminho para percebermos o ambiente à nossa volta.

A diferença é que, enquanto os cinco sentidos, já amplamente aceitos e facilmente percebidos, atuam na dimensão densa da matéria, a mediunidade atua em dimensão sutil, percebendo e registrando acontecimentos no plano espiritual. Talvez resida aí a grande dificuldade de aceitá-la como sentido, como ferramenta de interação com o universo, uma vez que ainda temos muita dificuldade em admitir a realidade espiritual.

Quando olhamos para a mediunidade como sentido, assim como a visão e o tato, e relacionamos com as informações apresentadas nos artigos anteriores, conseguimos concluir uma série de pontos que são vitais para nós. Vamos a eles

  • A mediunidade reside no espírito e manifesta-se nos corpos de relação através de estruturas específicas
  • Ao longo das encarnações podemos potencializar este sentido
  • Os espíritos nos apóiam na constituição e no desenvolvimento deste sentido
  • Poderei ser médium em algumas encarnações, mas não necessariamente em todas
  • A mediunidade é concedida com objetivos específicos para o espírito e para a sociedade onde atua
  • A mediunidade tem o objetivo de ajudar no processo de moralização do médium
  • A mediunidade deve ser usada com o objetivo de promover o bem

Nos próximos artigos vamos desenvolver um pouco estas idéias, não percam. Um grande abraço a todos

C. Guilherme Fraenkel (webespiritismo@gmail.com)
Webespiritismo - www.webespiritismo.blogspot.com
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O Homem Integral e a Mediunidade com Jesus by C. Guilherme Fraenkel is licensed under a Creative Commons Atribuição-Uso Não-Comercial-Compartilhamento pela mesma Licença 2.5 Brasil License.

quarta-feira, 29 de outubro de 2008

O Homem Integral e a Mediunidade com Jesus - Parte III

Neste artigo continuamos a explorar um pouco a relação existente entre os conceitos de Homem Integral e de Mediunidade, não tendo o objetivo de ser conclusivos sobre o assunto. Como já disse anteriormente, o principal objetivo é abrir caminho para reflexões a cerca de nossa jornada de aprendizado, sempre, é claro, a partir dos ensinamentos contidos em obras espíritas.

No primeiro artigo da série, O Homem Integral e a Mediunidade - Parte I, falamos um pouco sobre a idéia do Homem Integral e apresentamos a estrutura deste modelo de entendimento.

O segundo artigo, O Homem Integral e a Mediunidade - Parte II, abordou, de forma superficial os processos de formação de nossos corpos de relação, enquanto espíritos encarnados (corpo físico) e enquanto espíritos desencarnados(perispírito)

Neste artigo trabalharemos a idéia do corpo de relação enquanto ferramenta de progresso do Espírito imortal em busca do estado de perfeição proposto por Deus através das Leis Naturais (Kardec, Allan; O Livro dos Espíritos; FEB).

O corpo como ferramenta de progresso

Como vimos até aqui, somos Espíritos imortais, criados em um estado absoluto de simplicidade e com enorme potencial de realização a ser desenvolvido a partir de esforços próprios realizados com o apoio das forças do universo que nos impulsionam rumo à perfeição (Kardec, Allan; O Livro dos Espíritos; FEB) (Xavier, Francisco Cândido; Evolução em dois mundos; FEB).

Em nossa jornada aprendemos a manipular as forças mentais a nosso favor através das relações no mundo material enquanto construímos a consciência de nós mesmos, de nossa destinação e de nosso criador, Deus. Este exercício vai nos capacitando, pouco-a-pouco, a tarefas cada vez mais complexas e que demandam estruturas materiais igualmente complexas.

Todo o mecanismo de formação de nossos corpos de relação (perispírito e corpo físico) é regido, desta forma, por nosso padrão mental, relacionado ao grau de adiantamento espiritual, pelas nossas necessidades de desenvolvimento e pelo apoio oferecido pela espiritualidade superior, que intervém constantemente para que possamos ter as melhores condições de aprendizado. (Xavier, Francisco Cândido; Evolução em dois mundos; FEB). Pelo que vimos até agora; Nossos corpos são ferramentas individuais, especialmente desenvolvidas para que possamos ter o melhor desempenho possível nas relações com o meio em que vivemos.

Através do processo de vivência e aprendizado estaremos constantemente aprimorando nossos corpos de relação, melhorando nossa capacidade de percepção do ambiente à nossa volta e de exteriorização de nossa vontade. Na prática, estaremos desenvolvendo técnicas de percepção, melhorando a capacidade de utilização de nossos corpos de relação e desenvolvendo novas estruturas que apoiarão capacidades em desenvolvimento, além de ampliar o cabedal de conhecimentos e promover o progresso moral.

Como podemos ver em Evolução em dois mundos, por Francisco Cândido Xavier, é através deste processo de amadurecimento que o princípio espiritual constrói estruturas perispirituais cada vez mais complexas que lhes dão condições de experimentar a vida de forma mais profunda a fim de colher novas experiências e material para o processo de aprendizado.

Os estudos de Medicina Espiritual promovidos pelo Grupo de Estudos Espíritas Rita de Cássia e pelo centro espírita Leon Denis entre os anos de 2004 e 2007 nos ensinam que este processo de aprimoramento das capacidades dos princípios inteligentes também se aplica aos espíritos.

Desta forma, entendemos que a capacidade de interação com a matéria, se constitui a partir dos esforços específicos feitos pelo espírito no sentido de melhor perceber o ambiente à sua volta e que, uma vez adquiridos os conhecimentos e desenvolvidas as capacidades, estes passam a fazer parte do infinito repositório de ferramentas disponíveis para alavancar o progresso espiritual em encarnações futuras.

Usamos nossos corpos para perceber o entorno e manifestar a nossa vontade e, durante este processo de interação, recolhemos valiosas informações que nos apontam os caminhos mais adequados a serem trilhados. Naturalmente somos conduzidos a estados morais superiores, movimentados pelo registro físico cada vez mais preciso das conseqüências da manifestação de nossa vontade. È a suprema generosidade do criador, atuando para que todos nós sejamos capazes de auto-desenvlvermo-nos, de construirmos um estado de felicidade inabalável, de descobrirmos os planos superiores para a criação para nós mesmos.

No próximo artigo começarei a apresentar algumas relações estabelecidas entre os mecanismos mediúnicos e todas as idéias até aqui apresentadas. Aguardo a sua opinião sobre o que foi apresentado até agora. Um grande abraço a todos.

C. Guilherme Fraenkel (webespiritismo@gmail.com)
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sexta-feira, 24 de outubro de 2008

Petição a Jesus

Senhor!
Perante os que se vão
Sob nuvens de pó e rajadas de vento,
Dá-me o dom de sentir
No próprio coração
A chaga e o sofrimento
Que carregam consigo
Por fardos de aflição...
Faze, Divino Amigo,
Ante a dor que os invade,
Que eu lhes seja migalha de conforto
Na travessia da necessidade.

Agradeço-te os olhos que me destes,
Espelhos claros com que me permites
Fitar fontes e flores
Ante o céu sem limites...
Mas rogo-te, Senhor,
Ajuda-me a estender a luz em que me elevas
Cooperando contigo, embora humildemente,
No socorro constante aos que jazem das trevas.

Rendo-te graças pela minha voz
Que te pode louvar
E engrandecer-te sem qualquer barreira
De inibição, de forma, de lugar...
Entretanto, Jesus, aspiro a estar contigo,
Em sigela tarefa que me dês
No apostolado com que recuperas
Nossos irmãos atados à mudez.

Agradeço os ouvidos
Em que o discernimento se me apura
Ao escutar o verbo e a música da vida
Na ascensão à cultura.
Consente-me, porém, o privilégio
De repartir o amor com que me assistes
Revigorando a quantos se fizerem
Retardados ou tristes.

Agradeço-te as mãos que me cedestes
Para dar-me ao trabalho que te peço
Na atividade do cotidiano
Em demanda ao progresso.
Aprova-me, no entanto, o propósito ardente
De partilhar contigo o serviço fecundo
Com que amparas a todos os enfermos
Que vivem sob a inércia entre as provas do mundo!

Agradeço-te o lar que me descansa
No calor da ternura em que me aqueço,
Meu veludoso ninho de esperança,
Meu tesouro sem preço...
Mas deixa-me seguir-te, lado a lado,
No concurso espontâneo, dia a dia,
A fim de que haja abrigo a todos os que passam
Suportando sem teto a chuva e a noite fria!

Rendo-te graças, incessantemente,
Por tudo o que, em teu nome, o caminho me traz,
- A compreensão, a luz, o estímulo, o consolo,
O apoio, a diretriz, a experiência, a paz...
Não me largues, porém, no exclusivismo vão
De tudo o que me dês, ajuda-me, Senhor,
A dividir também com os outros que te esperam
A mensagem de fé e a esperança de amor!

Maria Dolores

Xavier, Francisco Cândido; Pires, J. Herculano; Na era do Espírito; Ed. GEEM; terceira edição; São Bernardo do Campo, SP; 1976

O Homem Integral e a Mediunidade com Jesus - Parte II

Como disse no primeiro artigo desta pequena série, procuro explorar um pouco a relação existente entre o conceito de Homem Integral e a Mediunidade, não tendo o objetivo de ser conclusivo sobre o assunto. Meu principal objetivo é abrir caminho para reflexões a cerca de nossa jornada de aprendizado, sempre, é claro, a partir dos ensinamentos contidos em obras espíritas.

No primeiro artigo da série, O Homem Integral e a Mediunidade - Parte I, falei um pouco sobre a idéia do Homem Integral, apresentei a estrutura deste modelo de entendimento e tenho certeza que consegui deixar um bom convite à reflexão.

Este artigo falará um pouco mais sobre os processos de formação de nossos corpos de relação, enquanto espíritos encarnados (corpo físico) e enquanto espíritos desencarnados(perispírito), para que possamos começar mais a frente a pensar um pouco sobre a mediunidade e seu exercício em favor de nosso progresso.

Formação dos corpos de relação

Como vimos até aqui, o espírito constitui, a partir de seu padrão mental, o perispírito, que servirá de corpo de relação na erraticidade (mundo espiritual) e funcionará como matriz determinante para a formação do corpo físico, o corpo de relação do espírito quando encarnado.

A partir desta informação, entendemos que nossos corpos são conseqüências diretas de nossas necessidades de aprendizado e que se organizam sempre a partir de nosso padrão mental, fato que nos ajudará a entender determinados mecanismos existentes em nossos processos de vida, tais como a capacidade mediunidade e o aparecimento de doenças e limitações físicas.

André Luiz, entre outros espíritos como Baltazar e Inácio Bittencourt, nos ensina que o processo de formação de nossos corpos de relação se dá através de relações eletromagnéticas estabelecidas a partir do padrão mental que mantemos, que é derivado de nosso grau de adiantamento intelecto-moral (Xavier, Francisco Cândido; Kardec, Allan). Aprendemos ainda que estes corpos sofrem ajustes, graças à misericórdia divina, pela atuação constante dos espíritos superiores que buscam nos ajudar na condução de nossas jornadas de aprendizado.

De forma prática, montamos nosso perispírito (corpo mental e corpo espiritual) agregando fluidos sutis derivados do fluido cósmico universal de acordo com a lei de atração, conforme proposto pelos princípios básicos do magnetismo espiritual, uma vez que nosso padrão mental gera um campo eletromagnético característico.

Particularmente sinto um grande alívio por saber que no processo de constituição deste campo eletromagnético contamos com o apoio de espíritos elevados que, através de ação direta, conselhos e preces, são capazes de intervir no processo em nosso favor, aliviando ou potencializando determinadas condições com o único objetivo de nos oferecer condições reais de aprendizado. É a idéia do Jugo Leve, conforme proposto pelo Cristo (Kardec, Allan; O Evangelho Segundo o Espiritismo; FEB).

O corpo espiritual, constituído pelo padrão vibratório do espírito através de relações eletromagnéticas, servirá de base para a organização do corpo físico, conduzindo o processo de escolha de gametas e de divisão celular, comandando, desta forma, a constituição dos órgãos físicos que melhor atenderão a nossa necessidade evolutiva do momento.

Mais uma vez percebe-se a intervenção dos espíritos superiores em nosso favor. Eles atuam diretamente na constituição de nossas estruturas físicas, promovendo alterações genéticas, corrigindo processos de formação de tecidos celulares, suprindo, desta forma, a nossa natural incapacidade de, a partir do planejamento reencarnatório, conduzir a formação de nossos próprios organismos; a atuação da misericórdia divina oferecendo-nos as melhores oportunidades de crescimento por saber de nossa imaturidade espiritual.

Estas informações podem ser percebidas através dos apontamentos contidos na literatura de André Luiz, através da psicografia do médium Francisco Cândido Xavier, informações que nos ensinam sobre o grande esforço da espiritualidade superior para a concretização de planejamentos encarnatórios adequados às necessidades e capacidades individuais de cada espírito, chegando mesmo a intervir na constituição das formas físicas e perispirituais, plasmando órgãos e suprimindo temporariamente vibrações desequilibradas através de interferências nos campos eletromagnéticos e de doações fluídicas.

A formação do perispírito, assim como a do corpo físico, contam, basicamente com duas potências a lhes guiar o processo. A primeira, preponderante, fruto do cabedal de aquisições do próprio espírito, que é o padrão vibratório característico da individualidade; e a segunda, movimentada a partir da lei de Amor, justiça e caridade e que exemplifica a ação da caridade, a ação dos espíritos mais adiantados que nós, que nos auxiliam na caminhada evolutiva. Ambas representando a bondade e misericórdia do criador para com suas criaturas.

No próximo artigo desta série, O Homem Integral e a Mediunidade com Jesus - parte III, veremos como este mecanismo de constituição de nossos corpos de relação funcionam no atendimento às nossas necessidades. Um grande abraço fraterno a todos

C. Guilherme Fraenkel (webespiritismo@gmail.com)
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sexta-feira, 17 de outubro de 2008

A tolerância como caminho para o Cristo

Recentemente tive a oportunidade de filosofar sobre a vida sem hora para terminar. Conversava com uma amiga sobre a resolução de conflitos. Conversamos sobre a tolerância e acabamos achando uma trilha para a construção do verdadeiro amor, conforme proposto pelo Cristo. Você não quer nos ajudar a transformar esta trilha em uma grande avenida? Dê sua opinião, ajude-nos a enriquecer a reflexão.

Decidi postar em meu blog pessoal, o Anajé, por tratar-se de uma reflexão pessoal e que não traz aspectos da doutrina espírita, embora ofereça um ponto de partida para alguns estudos espíritas.

sábado, 13 de setembro de 2008

O Homem Integral e a Mediunidade com Jesus - Parte I

Fui convidado por uma amiga a realizar uma reflexão livre sobre mediunidade para um grupo de estudos na Casa Espírita Cristã Maria de Nazaré, a casa espírita que freqüênto no Rio de Janeiro, e acabei realizando este estudo que estabelece uma ponte entre a capacidade mediúnica, possibilidade de comunicação entre encarnados e desencarnados, e as estruturas físicas, perispirituais e corpo físico, necessárias para que a comunicação ocorra.

Acredito que esta reflexão pode ser útil para muitas pessoas, podendo ser usada como ponto de partida para várias outras reflexões. Por isso decidi compartilhá-la no blog.

Dividi o artigo em três partes para ficar mais fácil a leitura, na primeira parte trato de explicar de forma simples o conceito de Homem Integral (espírito + corpo de relação)

A segunda parte trata sobre as regras que presidem a formação do corpo de relação, busca explorar o universo ainda pouco conhecido do planejamento encarnatório e as características que podem contribuir no estabelecimento das possibilidades mediúnicas.

A parte final faz a amarração dos dois temas abordados (Homem Integral e Mediunidade) e lança algumas reflexões podem nos ajudar na condução de nossas jornadas evolutivas de forma mais eficaz.

Não pretendo esgotar o assunto, até porque desconheço muitos aspectos do assunto abordado, e não tive a preocupação de explorar intensamente o assunto. Acredito que existem muitos pontos em aberto e conto com a colaboração de todos para melhorar o conteúdo.

O Homem Integral

Em nossa constante luta pela conquista da felicidade, que intuímos existir de forma plena e soberana apesar de não termos claro entendimento de como seja, temos, ao longo dos séculos, defrontado-nos com muitas teorias e experimentado muitas receitas de realização.

Vivemos pulando entre extremos de entendimento, reformulando teorias e buscando indícios concretos que nos ajudem a compreender de fato quem somos e a que viemos.

Durante esta milenar jornada já conseguimos realizar alguns avanços consideráveis e, talvez, o maior deles, seja a suspeita da existência de uma inteligência suprema que conduz a tudo e a todos de forma justa e amorosa para um estado de felicidade que é conseqüência de nossos próprios esforços.

Nosso desconhecimento a cerca de nós mesmos e das leis que regem o universo ainda nos impede de atingirmos um consenso quanto às características deste algo que nos rege, mas o número de pessoas que já admite sua existência já é muito grande e está aumentando a cada dia.

É claro que admitirmos a existência de um criador como colocado anteriormente traz muitas conseqüências para nossas estruturas de pensamento e uma delas é a possibilidade de existência de algo invisível, imponderável e que, na realidade, é a essência do que somos, que existe além de nossas curtas vivências na Terra e que nos precede, firmando uma base sólida para esta jornada de aprendizado.

Natural torna-se então concluir que esta essência imaterial, repositório de nós mesmos é a que, na realidade, conduz a construção de cada uma de nossas vivências, fato que se dá com base em nossas necessidades de aprendizado.

Torna-se importante ponderar a cerca destas estruturas invisíveis, detentoras da vontade de realizar e de todas as dúvidas naturais daquele que não detém todas as informações de um processo que encontra-se em curso. A doutrina espírita nos ajuda bastante nesta reflexão quando traz os conceitos de Espírito, perispírito e corpo físico, mas é absolutamente brilhante quando reapresenta este modelo de forma ainda mais complexa e rica (Xavier, Francisco Cândido ).

O Homem integral, que deve organizar-se enquanto criatura de Deus, criada simples e ignorante e destinada a um estado de felicidade plena construído a partir de seus próprios esforços e com ajuda daqueles que estão mais à frente na jornada, torna-se a chave para a construção de muitas reflexões que nos ajudam a compreender melhor a vida e a aproveitá-la de forma mais eficiente como oportunidade de aprendizado dentro do grande processo pedagógico de auto-construção.

A compreensão mais aprofundada deste modelo de entendimento didático, o Homem Integral, nos ajuda a compreendermos uma série de fenômenos em nossas vidas, entre eles o da mediunidade, que é a possibilidade de comunicação entre vivos e mortos.

A seguir exploramos alguns aspectos do modelo do Homem Integral para em seguida retomarmos as questões da mediunidade

  • Espírito
  • Corpo de relação
    • Peripírito
      • Corpo mental
      • Corpo espiritual
      • Duplo etérico
    • Corpo Físico

Esta divisão é muito conveniente para o entendimento que temos hoje sobre os movimentos de reencarnação, mas é importante observar que não se tratam de camadas distintas que estão justapostas umas às outras para compor o Homem Integral.

Na realidade estas camadas, ou níveis vibratórios, interpenetram-se do mais sutil para o mais denso, influenciando-se mutuamente na composição do Homem Integral.

Os níveis vibratórios mais densos possuem sua formação presidida pelos níveis menos densos, que guardam instruções provenientes do Espírito, espelhando, desta forma, todas as características da individualidade em caminho de auto-aprimoramento através de variadas experiências de percepção do ambiente e interação com ele, em um jogo interminável de estímulos e geração de respostas.

Por sua vez, as alterações ocorridas nos níveis mais densos de vibração causam modificações nas estruturas mais sutis, possibilitando a perpetuação de conquistas e desacertos ocorridos através das vivências.

Uma observação de vital importância é o fato de que o Espírito deseja revestir-se de estruturas fluídicas sutís, mas só consegue fazer isso à medida que aprimora seu patamar moral, operando em faixas vibratórias de frequência cada vez mais elevadas e, conseqüentemente, agregando cada vez menos matéria densa.

Cada uma das estruturas vibratórias, anteriormente listadas, possuem uma função específica e serão controladas de forma mais ou menos consciente de acordo com o grau de adiantamento moral do Espírito.

Corpo físico

Esta é a camada mais densa de todas, constituída com o objetivo de oferecer ao espírito experiências únicas, somente possíveis através do exercício da reencarnação.

O corpo físico é moldado a partir das vibrações características do perispírito, processo que tem início antes da fecundação do óvulo, já a partir da formação e escolha dos gametas que serão empregados na criação do embrião. (Di Bernardi, Ricardo; Gestação - Sublime Intercâmbio; Universitária)

As características do corpo físico buscarão atender às necessidades evolutivas momentâneas do espírito e serão adequadas pelos Espíritos Superiores sempre que a estrutura perispiritual do Espírito reencarnante não atender ao planejamento reencarnatório (Xavier, Francisco Cândido; Evolução em dois Mundos; FEB)

O corpo físico funcionará como corpo de relação para o Espírito encarnado, servindo como ferramenta para interação com o mundo material e demais espíritos encarnados. Servirá também como um abafador de características desnecessárias ao aprendizado específico do planejamento encarnatório, possibilitando assim um “estudo especializado” com o objetivo de melhor apreender aspectos importantes das Leis de Deus.

Duplo Etérico

Camada composta por fluidos sutis, invisíveis aos equipamentos científicos humanos, mas bastante densos para a realidade espiritual. É responsável pela vitalização do corpo físico e será dispensada tão logo o Espírito desencarne.

É constituída a partir dos fluidos do ambiente sob a coordenação eletromagnética do corpo espiritual.

Esta camada é considerada a camada mais densa do perispírito conforme proposto na codificação de Kardec e só existe quando o Espírito está encarnado.

Corpo Espiritual

Está para o Espírito desencarnado assim como o corpo físico está para o espírito encarnado. É seu corpo de relação no mundo invisível, quando desprovido da possibilidade de relações diretas com a matéria densa.

Servindo de ferramenta de interação com os espíritos desencarnados no mundo espiritual, é formado de fluidos sutis e tem sua composição coordenada pela vibração eletromagnética do corpo mental do Espírito.

Carrega em si as marcas do espírito e será dispensado quando ele conseguir elevar-se moralmente para conviver em círculos da espiritualidade superior.

Corpo Mental

A camada mais sutil do perispírito, diretamente relacionada com a centelha divina individualizada, o Espírito.

Tem o papel de reger o processo de formação das estruturas perispirituais mais densas e é um reflexo direto do padrão mental do espírito.

Espírito

O princípio inteligente que individualizou-se após milênios de experiências nos reinos mineral, vegetal e animal, onde estagiou para a construção dos instintos e desenvolvimento do entendimento básico a cerca da criação de Deus (Kardec, Allan; O Livro dos Espíritos; FEB / Xavier, Francisco Cândido; Evolução em dois mundos; FEB).

É criado com a destinação de, através da matéria, tornar-se perfeito em um processo de aprendizado contínuo sobre si mesmo, sobre a criação e sobre Deus. Surge a partir do princípio espiritual (Kardec, Allan; O Livro dos Espíritos; FEB)

No próximo artigo desta série, O Homem Integral e a Mediunidade com Jesus - Parte II, começaremos a ver um pouco sobre a formação destes corpos a partir dos padrões de pensamento e das necessidades específicas de cada espírito para a construção de sua jornada.

C. Guilherme Fraenkel (webespiritismo@gmail.com)
Webespiritismo - www.webespiritismo.blogspot.com
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O Homem Integral e a Mediunidade com Jesus by C. Guilherme Fraenkel is licensed under a Creative Commons Atribuição-Uso Não-Comercial-Compartilhamento pela mesma Licença 2.5 Brasil License.

sexta-feira, 21 de março de 2008

Evangelho - Ferramenta de progresso Intelectual e Moral

Este é o segundo ano em que participo de um grupo de estudos sobre "O Evangelho Segundo o Espiritismo" e estou cada vez mais convencido de que devemos estudar esta obra com o firme propósito de apreender precisoso material que nos apoiará na promoção do auto-descobrimento, auto-aperfeiçoamento e desenvolvimento do auto-amor, estabelecendo, desta forma, bases sólidas para o exercício do amor a Deus acima de tudo e ao próximo como a nós mesmos, conforme recomendado por Jesus, nosso irmão e mentor.

Este livro maravilhoso, fruto dos esforços de dezenas de espíritos encarnados e desencarnados é baseado nos ensinamentos do próprio Cristo, narrados através dos evangelhos que enceram em si, segundo Allan Kardec, um precisoso código moral de conduta que até agora tem sido pouco estudado e , se seguido, é a garantia infalível para a felicidade vindoura de todos os integrantes de nossa sociedade.

É curioso imaginarmos que nossa sociedade possui em suas mãos há cerca de 2000 anos preciosos ensinamentos capazes de garantir um estado de felicidade e, mesmo assim, ainda não foi capaz de aingí-lo. Nossa dificuldade em compreender claramente a mensagem moral, de distinguí-la entre tantas informações e alegorias e de pô-la em prática são, com toda a certeza, as principais causas do estado de infelicidade que vivemos até hoje.

A doutrina espírita, a partir de mensagens e orientações trazidas por diversos espíritos através de médiuns em todo o mundo tem cumprido um importante papel neste cenário de esclarecimento que se faz necessário, mas ainda nos resta a necessidade de empenho e esforço com o objetivo de nos aprimorarmos, como sugere Leon Denis no ano de 1924 em seu livro o entitulado "Socialismo e Espiritismo"

Com efeito, o problema intelectual se une estritamente ao problema moral ... É necessário ensinar o Homem a respeitar a si mesmo, a salvaguardar sua própria dignidade pois, valorizando o nível moral, trabalha-se ao mesmo tempo para resolver todos os problemas difíceis do momento atual

O Espírito de Verdade nos informa na introdução de O Evangelho Segundo o Espiritismo que toda a espiritualidade superior encontra-se em constante trabalho de esclarecimento a nós espíritos ainda embrutecidos e descrentes e nos convida ao trabalho. Vamos estudar esta obra com todo o empenho possível, procuremos as relações entre as passagens, busquemos a aplicação dos ensinamentos em nossas vidas. Vamos aproveitar de forma ótima todo este rico material que se encontra em nossas mãos.

quinta-feira, 20 de março de 2008

Primeiro Post

Há muito tempo vinha pensando em criar um Blog para divulgar minhas idéias, estudos e reflexões sobre a Doutrina Espírita. Finalmente criei coragem! Espero que todos os amigos posam contribuir com este trabalho, tornando-o um espaço de reflexões sobre várias temáticas da doutrina espírita. Sejam todos bem vindos ao WebEspiritismo